Dr. Jairinho, apesar de ser médico, alegou em seu depoimento que a última vez que havia feito massagem cardíaca tinha sido em um boneco, ainda na faculdade. A mãe de Henry que afirma ter realizado o procedimento de boca-a-boca na criança, durante o trajeto de sua residência até o hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, mesmo sem saber como fazer a manobra.
O Cremerj informou que aguarda mais informações da Polícia para a abertura da sindicância. Mas garante que acompanha os fatos e afirma que "em caso de processo ético-profissional, as punições vão desde a advertência até a cassação do registro profissional".
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Polícia cumpre mandados de apreensão na casa de parentes de Dr. Jairinho
Dr. Jairinho estava na casa do pai, o ex-deputado estadual Coronel Jairo, em Bangu; a mãe do menino, Monique Medeiros, também estava em Bangu, na casa dos pais.
Durante a operação da manhã desta sexta-feira, a polícia apreendeu pelo menos cinco celulares, além de computadores. Na casa do pai, Leniel, foral levados um notebook e dois celulares.
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Os mandados foram expedidos pelo 2º Tribunal do Júri da Capital, que também decretou a quebra dos sigilos de todos os alvos. O apartamento no condomínio da Barra da Tijuca, onde a criança morava com a mãe e Dr. Jairinho foi interditado para novas perícias. As chaves devem ser entregues à Polícia e uma viatura da Polícia Militar ficará baseada no local por 30 dias.
Ex-namorada de Dr. Jairinho relata agressões físicas contra sua filha pelo vereador
A primeira mensagem foi enviada por volta de 12h: “Oi, você é o pai dele? Eu preciso falar com você se você for o pai dele. Primeiro os meus pêsames pelo acontecido. Eu sinto muito, muito mesmo.” Em seguida ela começa a expor o que teria vivido durante os dois anos de relacionamento com Jairinho. “Eu fui negligente quando isso aconteceu com a minha filha. Mas eu tive muito medo. Muito mesmo. Ele é ruim, mal, maluco". O pai de Henry responde em seguida: "Acho que juntou dois malucos. Meu filho era um anjo". Ela continua: "Olha, eu passei os piores dias da minha vida com ele. E hoje não consigo olhar no olho da minha filha por tudo o que ele fez e eu não vi. Eu não percebi. Ela tinha a idade do seu pequeno, 4 anos. Eu me culpo todos os dias da minha vida". Em seguida o pai de Henry pede: "Vamos em frente pelo Henry. Me ajuda", escreveu ele.
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A mulher contou em depoimento, na última quarta-feira (24), que depois da morte do Henry, ela recebeu uma ligação do ex-namorado e entendeu que o contato, inesperado, seria uma forma de intimidação para que ela não revelasse o que havia acontecido há oito anos.
A Polícia Civil do Rio já ouviu a mãe e a adolescente e abriu outro inquérito para apurar as supostas agressões relatadas. A defesa do vereador se pronunciou sobre as novas testemunhas e negou que as agressões tenham ocorrido. Segundo o advogado André França Barreto, essa seria uma manobra do pai de Henry para produzir elementos contra a mãe, Monique.
"O nosso papel como defesa do pai não é incriminar A ou B, é saber a verdade. Por que o menino morreu daquele jeito? Daquela forma?", disse Leonardo Barreto. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou diversas lesões pelo corpo da criança, infiltrações hemorrágicas nas partes frontal, lateral e posterior da cabeça, contusões no rim, no pulmão e no fígado. A causa da morte seria "hemorragia interna causada pelo rompimento do fígado".
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