Vereador Jairinho teria recebido regalias durante sua passagem pela Cadeia Pública Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio
Vereador Jairinho teria recebido regalias durante sua passagem pela Cadeia Pública Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do RioReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Por O Dia
Rio - A empregada doméstica de Dr. Jairinho e Monique Medeiros e a irmã do vereador devem prestar depoimento na 16ª DP (Barra da Tijuca), na tarde nesta quarta-feira. De acordo com as novas declarações da babá de Henry Borel, de 4 anos, Thayná Oliveira Ferreira, as duas sabiam das agressões sofridas pelo menino.
Em novo relato, Thayná revelou trechos de uma conversa que teve com a irmã do vereador Dr. Jairinho, Thalita Souza. No encontro, a irmã do parlamentar disse a moça que ela não deveria ser a "juíza do caso do irmão dela".
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Segundo a babá, o encontro com Thalita foi na casa dos pais do vereador, onde sua mãe trabalha como cuidadora do sobrinho de Jairinho, dias antes do primeiro depoimento. Na ocasião, a irmã do político pediu que ela lhe contasse tudo que sabia sobre o relacionamento do irmão e, logo depois, disse que "menos seria mais", dando a entender que Thayná não deveria contar a verdade para a polícia.
Thayná ficou por mais de sete horas na delegacia prestante seu segundo depoimento. Ela contou que mentiu pela primeira vez a pedido da professora Monique Medeiros, mãe de Henry Borel.
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A moça também relatou que o pedido de Monique ocorreu durante um encontro com o advogado André França Barreto, que defende Jairinho. Nesse mesmo encontro, o advogado deu orientações sobre o que Thayná deveria responder em uma entrevista para uma equipe de reportagem e durante seu depoimento na delegacia.
No documento obtido pelo O DIA, a babá diz que Barreto se apresentou como um homem religioso e, usando o nome de Deus, questionou a moça se ela colocaria a mão no fogo pro Jaririnho e Monique.
Thayná revelou também que outras pessoas sabiam que Henry era torturado por Jairinho. Além da irmã do vereador, a babá relatou uma conversa com a avó materna do garoto. Na ocasião, a mulher a questionou, alegando que Henry poderia estar mentindo.
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A Polícia Civil também descobriu que Thayná e a empregada doméstica Leila Rosângela de Souza, a Rose, se reuniram com o advogado de Dr. Jairinho e Monique, André França Barreto, antes de prestarem depoimento. Para os agentes, Rose também mentiu.
A morte
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Henry Borel morreu na madrugada do dia 8 de março. O casal Jairinho e Monique alegaram que encontraram a criança desacordada no chão do quarto e o levaram para o Hospital Barra D'or.
Os médicos que atenderam o casal disseram que a criança ja chegou morta no hospital. Após a confirmação do óbito o corpo teve que ser levado para o IML para exames.
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Peritos constataram que a criança apresentava vários sinais de violência. Henry Borel morreu por complicações de uma hemorragia por conta do rompimento do fígado.
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O jornal O DIA tentou entrar em contato com os citados, mas não teve retorno.