Genivan Gomes Macedo prestou depoimento na 16ª DP (Barra da Tijuca)Divulgação
A região é controlada por paramilitares que lucram com o ramo imobiliário clandestino e grilarem de terras. Com isso, a Polícia Civil organizou uma força-tarefa para descobrir as causas do desabamento e uma possível responsabilidade criminal em relação às mortes.
Entretanto, populares afirmaram que a família é nordestina e que moravam todos juntos no edifício que desabou. A Prefeitura do Rio já havia apurado que o imóvel foi construído há 21 anos, com características irregulares, mas que se tratava de um prédio familiar.
A Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, através da Subsecretaria de Gestão do SUAS (Sistema Único de Assistência Social), entregou colchões e cestas básicas como ações de respostas emergenciais às famílias atingidas pelo desabamento do prédio em Rio das Pedras. Uma articulação com o município do Rio de Janeiro para a concessão de insumos e provisões às famílias vitimadas também foi iniciada.
Para além dos referidos insumos, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos disse que vai providenciar a inserção das vítimas no programa Aluguel Social e a viabilização de segunda via de documentação através do Centro Comunitário de Defesa da Cidadania (CCDC).
Entre a salva de palmas, estava o alívio do ajudante de pedreiro Francisco Manoel da Silva Moreno, de 48 anos. Dono da papagaio Isabela, ele contou que não conseguiu salvá-la, mas que estava angustiado para ter notícias dela. "Na hora do desespero, com toda aquela poeirada, o fogo, a gritaria, eu não consegui pegar ela. Sai com a roupa do corpo, não consegui pegar nada. Estava preocupado com ela, agora estou mais aliviado", disse.
Moreno falou que está com o pássaro há oito meses e que Isabela virou uma companheira. "Ela é muito carinhosa comigo, adora ficar no meu ombro. Minha esposa cuida dela também, mas o carinho mesmo é comigo", finalizou.
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