Policia - Policiais Militares executados na Estrada D, na Posse, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. Na foto, viatura onde policiais foram baleados, passa por pericia na DHBF, em Belfod Roxo, na Baixada Fluminense.Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia

Por O Dia
Rio - A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) analisa as imagens de câmeras de segurança do local que os policiais militares Helder Augusto Gonçalves Silveira e Sérgio Magalhães Belchior foram assassinados, na madrugada de quinta-feira (17), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Segundo a polícia, nas gravações, um homem aparece nas imediações do local do crime. Além disso, seis estojos e dois fragmentos de munição, que estavam próximos à viatura da PM foram apreendidos. As investigações seguem em andamento.
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Os dois policiais militares foram mortos quando estavam de serviço em apoio na área do 20° BPM (Mesquita). De acordo com os agentes da DHBF, as armas dos agentes, um fuzil e uma pistola, foram levadas pelos executores. Segundo informações preliminares, os policiais estavam baseados em uma rua de acesso à Rodovia Presidente Dutra, a Via Dutra, no bairro Posse, e foram atacados sem motivo aparente.
O soldado Sérgio Magalhães Belchior e o cabo Helder Augusto Gonçalves Silveira chegaram a ser socorridos e levados para o Hospital Geral de Nova Iguaçu, mas não resistiram aos ferimentos. A viatura em que eles estavam ficou completamente destruída pelos disparos.
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Os PMs eram lotados no batalhão de Queimados, o 24º BPM, também na Baixada, e estavam cumprindo Regime Adicional de Serviço (RAS) no 20º BPM (Nova Iguaçu). O cabo Helder tinha 37 anos de idade e estava na corporação desde 2012. Ele deixa esposa e dois filhos. Já o soldado Belchior tinha 32 anos e estava na corporação desde 2019. Ele também deixa esposa e dois filhos. Os dois foram enterrados na tarde de quinta (18).
Em nota, a Polícia Militar ressaltou que lamenta as mortes do cabo e do soldado e informaram que a corporação apura as circunstâncias do crime. 

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'Se entreguem e venham com as armas roubadas', afirmou secretário estadual da PM
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o secretário estadual de Polícia Militar, coronel Rogério Figueiredo, pediu para que os criminosos envolvidos nas mortes do soldado Sérgio Magalhães Belchior e do cabo Helder Augusto Gonçalves Silveira se entreguem de forma espontânea e apresentem as armas, um fuzil e uma pistola, roubadas da viatura policial. 

Figueiredo reforçou que as polícias Civil e Militar então empenhadas para identificar os assassinos. Ele classificou como inaceitável o ataque criminoso.
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"Se entreguem e venham com as armas roubadas, nós iremos prendê-los. Toda a Polícia Militar estará empenhada atrás de vocês. Pedirei ao secretário de Polícia Civil, através da DH, todo empenho nas investigações. Às famílias, meus sinceros sentimentos. Não tenho palavras para expressar a perda. Não posso aceitar enterrar militares executados por criminoso", disse. (nota na integra no fim).
O Porta-voz da PM, major Ivan Blaz, disse que a morte dos agentes não vai ficar impune. Ele afirmou que o policiamento foi reforçado na região e que a PM e a Polícia Civil realizam diligências para achar os executores.
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De acordo com a Plataforma Fogo Cruzado, quase 90 agentes de segurança foram baleados no Rio em 2021. 71 deles eram PMs e 25 acabaram mortos.
Nota do coronel Rogério Figueiredo na integra
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Dou o recado a esses marginais: se entreguem e venham com as armas roubadas. Nós iremos prendê-los. Toda a Polícia Militar estará empenhada atrás de vocês.

Pedirei ao Secretario da Polícia Civil, através da DH, todo empenho nas investigações.

A família, meus sinceros sentimentos, não tenho palavras para expressar a perda, fica também minha indignação e sofrimento, não posso aceitar enterrar policiais militares executados por criminosos.

Aos Ministros do STF, peço que apoiem as Forças de Segurança do Rio de Janeiro, somente nós sabemos como enfrentar o crime organizado no nosso Estado, somos instituições com mais de 200 anos, dando nosso suor e sangue.
Respeitamos as Leis e o Judiciário, e somos a última barreira para a Sociedade da barbárie.

Finalmente, faço um apelo a Sociedade, não fiquem indiferentes. defendam as Forças de Segurança, nós precisamos de vocês!