Ex-prefeito do Rio foi usado como exemplo em exercício de Português da rede municipal de ensino de Nova FriburgoReprodução/TV Globo

Por O Dia
Rio - O juiz da 26ª Zona Eleitoral, Marcelo Alberto Chagas Vilas, mandou a Prefeitura de Nova Friburgo recolher todo material didático da rede municipal de ensino por fazer uso da foto e do nome do ex-prefeito do Rio, Marcelo Crivella, em apostilas do 1º ano do ensino fundamental. O prefeito de Friburgo, Johnny Maycon, o Republicanos, é do mesmo partido de Crivella.
Segundo informações do G1, no material havia um exercício de Português sobre palavras que tinham a letra M como a primeira. A última questão do exercício tinha uma foto do ex-prefeito do Rio do lado esquerdo e um espaço do outro lado para o aluno escrever o primeiro nome de Crivella, Marcelo.
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O juiz eleitoral, no dia 17 de junho, deu um prazo de 48 horas para a Secretaria de Educação de Friburgo recolher o material. A prefeitura foi notificada dia 22 e disse que já determinou o recolhimento.
Em nota, a Prefeitura de Nova Friburgo informou que o caderno pedagógico é elaborado pela equipe de docentes, servidores concursados, da Secretaria Municipal de Educação e, neste caso, para a turma de 1º ano de Ensino Fundamental, não possuía nenhuma vinculação política.
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"Livros didáticos de editoras renomadas são adotados pelas Redes de Ensino de todo país, cujas coleções disponíveis no mercado editorial trazem fotos de políticos que exerceram cargos públicos abordados em várias disciplinas, a maioria inserida em exemplos ou para ilustrar o que foi explicado em palavras. A referida imagem foi colocada pelo bloco alfabetizador em apenas uma questão de exercício que abordava a sílaba mar, iniciais do nome do político e cujo conteúdo tinha a finalidade exclusivamente pedagógica, aproximando o conteúdo do cotidiano para facilitar a sua assimilação".
Segundo a Secretaria Municipal de Educação, o recolhimento do material didático já foi solicitado aos diretores das unidades escolares e os responsáveis foram exonerados dos cargos. No entanto, "não houve a intenção de elaboração, produção, reprodução, distribuição de conteúdos para fins políticos eleitorais e não agiram a mando nem da Secretaria de Educação e nem do Chefe do Poder Executivo, que desconhecia o fato até ser oficiado".