Sepultamento do cabo da Polícia Militar Evaldo Souza Torres que morreu neste domingo (4) no Hospital da Posse. Ele foi baleado na quarta-feira (30) dentro de uma academia de ginástica no bairro da Cacuia, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, por bandidos que invadiram o local armados.Foto: Robson Moreira/Agência O DiaRobson Moreira

Por Lucas Cardoso
Rio - O céu nublado, os passos lentos e as lágrimas marcaram a despedida ao PM Evaldo Torres, de 38 anos, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste. O policial foi baleado na última quarta-feira, enquanto se exercitava em uma academia, em Nova Iguaçu, mas morreu neste domingo.

Cerca de 100 pessoas estiveram no sepultamento. Abalados, parentes, colegas de farda e amigos de Evaldo não quiseram falar sobre o caso.
Publicidade
Além do PM, outros dois policiais foram alvo dos criminosos na última quarta feira. O colega de corporação Gilson de Oliveira Firmino, baleado no fêmur e tíbia, passou por cirurgia e segue internado. Também foi alvo dos criminosos uma policial civil, que foi atingida no ombro e já foi liberada.
Um dos responsáveis pelo ataque que provocou a morte do policial foi morto em confronto com os policiais, que revidaram os disparos. Os outros responsáveis ainda não foram localizados pela Policia Civil. 
Publicidade
Na corporação há 10 anos, o cabo da PM lotado no 20º BPM (Mesquita) deixa dois filhos.
O CASO
Publicidade
De acordo com relato de moradores, quatro criminosos entraram em uma academia de crossfit, no Cacuia, em Nova Iguaçu, e atiraram contra dois policiais militares e uma policial civil. Os dois agentes, que estavam de folga, reagiram e houve confronto. A policial civil estava malhando no momento do tiroteio e foi baleada no braço.
Além disso, testemunhas relataram que um policial que passava no local viu a ação e também trocou tiros com os criminosos. Um dos dos bandidos morreu no local.

Questionada, a Polícia Militar informou que agentes do 20º BPM (Mesquita) foram acionados por conta dos tiros. Na ação, um revólver calibre 38 foi apreendido.

A Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) foi acionada e investiga o caso. A perícia foi realizada no local, testemunhas estão sendo ouvidas e diligências estão em andamento para esclarecer os fatos. Até o momento, ninguém foi preso.