Seap nega pedido de liberação para que Monique Medeiros compareça ao enterro do paiReprodução
Secretaria nega saída de Monique Medeiros para ir ao enterro do pai
Defesa da mãe de Henry Borel disse não ter conseguido tempo hábil para ir ao judiciário e alega grave violação aos direitos da detenta
Rio - Monique Medeiros teve o pedido de liberação para comparecer ao enterro do pai Fernando José Fernandes da Costa e Silva, avô materno do menino Henry Borel, negado pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), nesta terça-feira (13). Segundo a Seap, o pedido foi deferido por conta da morte ter sido por covid-19. Além disso, a administração disse estar seguindo o próprio desejo de Monique, manifestado, por escrito, ao ingressar no sistema prisional, onde ela dizia ter receio quanto a sua exposição em um ambiente coletivo e à sua integridade física.
No entanto, de acordo com um dos advogados que faz a defesa da professora, Hugo Novais, o deferimento foi uma grave violação aos direitos da sua cliente. "Nós não tivemos tempo para solicitar essa liberação no judiciário, portanto, fizemos o requerimento administrativo conforme a legislação orienta. Entendemos que negar esse pedido à Monique foi uma violação grave".
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O pai de Monique era funcionário civil da Aeronáutica e morreu no domingo (11), por complicações da covid-19. Ele será enterrado na tarde desta terça-feira, no Cemitério Realengo Murundu, na Zona Oeste do Rio. Fernando José estava internado em um hospital particular em Bangu, também na Zona Oeste da capital fluminense.
O ex-vereador Jairinho e Monique estão presos, segundo a polícia, pelo homicídio de filho dela. Jairinho responde pela morte e por supostas sessões de tortura. Para a polícia, a Monique foi conivente com o caso, já que soube da forma que o filho era tratado pelo namorado dela, mas não o denunciou e permaneceu ao seu lado, mesmo depois da morte da criança.
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Jairinho está preso no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio e Monique, está no Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói. O menino morreu no dia 8 de março e um mês depois a polícia identificou que Jairinho e Monique estariam envolvidos na morte da criança.
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