O túmulo do miliciano Adriano da Nóbrega, no Memorial do RioRicardo Cassiano

Rio - A pedido do Ministério Público baiano, as justiças do Rio de Janeiro e Bahia autorizaram a exumação do corpo do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, conhecido como Capitão Adriano, morto após um cerco policial em fevereiro do ano passado, em Esplanada, a quase 160 quilômetros de Salvador. O cadáver passou por novos exames que devem trazer a precisão da trajetória da bala, que ainda não ficaram prontos. 
Para a Polícia Civil do Rio o ex-policial militar era apontado como chefe do grupo de extermínio conhecido como 'Escritório do Crime'. Adriano da Nobrega ficou foragido por mais de um ano, quando teve a prisão decretada em janeiro de 2019. Ele era suspeito de envolvimento nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, em 2018.
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Investigações do Ministério Público do Rio, apontam que Nóbrega era suspeito de participar de um esquema de desvio de salários no gabinete de Flávio Bolsonaro. A ex-mulher Danielle Mendonça e a mãe de Adriano já foram assessoras do então deputado na Alerj. 
Na PM, o ex-capitão comandou uma equipe do Grupamento de Ações Táticas investigada por diversos crimes. O ex-assessor parlamentar de Flávio, Fabrício Queiroz era subordinado ao ex-oficial. A equipe comandada por Nóbrega foi homenageada pelo então deputado na Alerj. 
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O miliciano era um dos denunciados na 'Operação Intocáveis', coordenada pelo Gaeco e pela Polícia Civil, em 2019.
O corpo de Adriano da Nobrega já passou por dois exames de necropsia que apontaram a causa morte por dois disparos de fuzil. O terceiro laudo deve analisar a distancia dos tiros, a partir das lesões causadas.