Durante o 28° Boletim Epidemiológico do Rio, o secretário municipal da Saúde, Daniel Soranz, afirmou que 31 mil doses de vacinas contra a covid-19 serão distribuídas em três dias na Maré Reprodução

Rio - A terceira dose da vacina para idosos no Rio pode ser feita com imunizante de diferente fabricante a partir de outubro. A medida, que está sendo planejada pela Prefeitura, tem como objetivo aumentar a eficácia da proteção da população com mais de 60 anos. O secretário municipal da Saúde, Daniel Soranz, explicou nesta sexta-feira, durante a apresentação do 28° Boletim Epidemiológico da cidade, que a ação ainda está em avaliação e precisa ser discutida.
Soranz reforçou que a possibilidade é apenas para idosos e que a prefeitura não cogita a aplicação de dose de reforço para adultos.
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“Ainda está em desenho essa discussão, mas muito provavelmente esse reforço será feito com uma vacina heteróloga (quando a dose de reforço vem de um fabricante diferente). Não que não possa acontecer com o próprio imunizante, mas isso ainda está em discussão, chamamos de ‘discussão de efetividade’. Vamos olhar os dados de proteção dos idosos que tomaram as vacinas no mês de janeiro, fevereiro e março, e aos poucos a gente vai conseguindo apurar melhor essa informação”, explicou o secretário.
A vacinação começará a ser feita em outubro com a população a partir de 80 anos. Em novembro, será distribuído a terceira aplicação para quem tiver 70 anos ou mais, por fim, em dezembro, ao público com idade acima de 60 anos. Soranz explicou que a estratégia da prefeitura é dar previsibilidade e ao mesmo tempo garantir que as discussões científicas avancem para salvar vidas durante a pandemia.
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“A gente precisa começar a dar previsibilidade para as pessoas, é fácil fazer isso durante uma pandemia? Não. É um cenário de incerteza e construção de evidências científicas, que necessita de acordos com o governo federal e estadual, mas a nossa intenção é tentar deixar o carioca com o máximo de previsibilidade possível”, afirmou Soranz.
Por fim, o secretário completou: “a maior parte das evidências científicas colocam que a vacina heteróloga traz efeitos de proteção superiores. Precisamos colocar isso na pauta de discussão do Programa Nacional de Imunização”, disse.