Flávio é o primeiro político da família Bolsonaro a dizer que foi vacinadoReprodução/Twitter

Rio - O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) divulgou em suas redes sociais, nesta quinta-feira, que foi vacinado contra a covid-19. O imunizante da AstraZeneca — produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade de Oxford – foi aplicado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Ele é o primeiro político da família Bolsonaro a dizer que foi vacinado.
Em vídeo publicado no twitter, o filho de Jair Bolsonaro (sem partido) exaltou a vacina da AstraZeneca por ser "a mais barata" e agradeceu ao presidente chamando-o, de forma irônica, de "negacionista". "Obrigado ao 'negacionista' Jair Bolsonaro por garantir vacina nos braços de todos os brasileiros", publicou. Confira:
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CPI concluiu que Bolsonaro negligenciou vacinas
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De acordo com a CPI da Covid-19, o governo Bolsonaro agiu contra a compra de vacinas contra o novo coronavírus. "Nós temos certeza que o governo federal nunca apostou na vacina, nunca quis comprar, apostava no tratamento precoce e na imunização de rebanho. Isso nós temos certeza, não precisa mais se provar", disse Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão.
O senador citou os depoimentos do presidente da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, e do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas , como peças-chave para que a CPI chegasse a este entendimento.
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"A Pfizer foi lá e mostrou para a gente que o governo não se interessou em negociar. Esse é um ponto. O [Instituto] Butantan esteve lá conosco e disse que em dezembro de 2020 nós teríamos condições de ter 60 milhões de vacinas e o governo parou a negociação — que ocorria a partir daquela reunião entre o ministro, os governadores e o Butantan —, e o presidente [Jair Bolsonaro] logo em seguida veio dizendo que quem mandava era ele e não ia comprar vacina nenhuma da China", completou.
Além disso, uma das frentes da CPI  investiga um suposto pedido de propina na compra de doses da AstraZeneca. De acordo com as declarações de Luiz Paulo Dominghetti Pereira, representante da Davati Medical Supply que, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, disse ter recebido de Ferreira Dias pedido de propina de US$ 1 para cada dose da vacina AstraZeneca adquirida pelo governo Bolsonaro. Em depoimento à Comissão, o vendedor de vacinas reafirmou o pedido de propina.
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Falas polêmicas atrasaram a produção vacinas
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Durante um discurso no Planalto, Bolsonaro falou sobre uma possível relação da China com a origem do Vírus. "É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou nasceu por algum ser humano ingerir um animal inadequado. Mas está aí. Os militares sabem o que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que estamos enfrentando uma nova guerra? Qual país que mais cresceu seu PIB? Não vou dizer para vocês", disse Bolsonaro.