Rio de Janeiro - 13/08/2021 - POLICIA/VIOLENCIA/ RIO DE JANEIRO - Mulher morre baleada em ação da PM no complexo do Chapadão , na foto a tia vitima , Sandra Simone Foto : Fabio Costa/ Agencia O DiaFabio Costa/Agencia O Dia

Rio - Familiares de Priscila Carmo, morta por um disparo na manhã desta quinta-feira, no Complexo do Chapadão, na Zona Norte do Rio, foram ao Instituto Médico Legal (IML), nesta sexta, liberar o corpo da jovem. No local, parentes voltaram a acusar um policial militar de ter confundido Priscila com um traficante e atirado em suas costas, enquanto ela saía de uma padaria.
Ao DIA, a tia da vítima, Sandra Simone, afirmou que no local não havia bandidos e nem outras pessoas além de sua sobrinha. "Foi um simples policial que apareceu e deu um tiro nas costas da minha sobrinha. Matou uma mãe de família, trabalhadora. Seja lá o que for, cada um tem o direito de viver sua vida, ninguém tem direito de impedir", desabafou.
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"Eles não deixaram ninguém socorrê-la. Um policial saiu correndo, não deixou ninguém chegar perto, a irmã dela chegou para socorrer e ele não deixou, pediu o documento dela. Ela foi em casa buscar o documento, foi quando ele botou ela [a Priscila] dentro do carro [viatura] e levou para o hospital. Chegou lá dizendo que ela era traficante. Mentira deslavada, todo mundo lá conhece a menina, foi nascida e criada lá, era uma boa mãe", narrou Sandra Simone.
Ainda segundo a tia, Priscila trabalhava para sustentar seus dois filhos, um menino de 8 anos e uma adolescente de 15. Sandra sustentou ainda que o policial atirou por achar que Priscila era um traficante, por estar vestindo um casaco preto com capuz. "Então quer dizer que na comunidade ninguém pode mais usar o casaco preto de capuz que eles pegam e matam?", questionou.
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Procurada, a PM informou que a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada para registro do caso. "Em paralelo às investigações da Polícia Civil, o comando do 41º BPM instaurou um Inquérito Policial Militar para averiguar as circunstâncias do fato", informou a corporação. A DH fez perícia na região e busca imagens de câmeras que possam ajudar a esclarecer o caso.
Ainda não há informações sobre a data e local de enterro de Priscila.
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*Estagiária sob supervisão de Thiago Antunes