Viradouro, atual campeã, realiza etapa do concurso de samba, seguindo as normas sanitárias, com a quadra praticamente vaziaRennan Laurente/Site Carnavalesco

Rio - Agosto acelerou o ritmo nas escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro. Com a novidade da transmissão das escolhas dos sambas-enredo para o Carnaval 2022, pela primeira vez na TV Globo, todas 12 agremiações terão que entregar suas obras finalistas até o dia 31 deste mês. A partir de setembro acontecem todas gravações e as finais estão marcadas para outubro, nas noites de sábado, antes do "Altas horas".
Pelo acordo entre Liesa e TV Globo, cada escola levará três sambas finalistas. Até agora, o Paraíso do Tuiuti é a única que já terminou esta fase. A iniciativa pioneira vem da nova gestão da Liga, comandada por Jorge Perlingeiro, e com a direção de marketing do empresário Gabriel David.
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"São cinco programas. Os quatro primeiros com três escolas cada. No quinto já teremos todos os sambas escolhidos. O corpo de jurados será de cada escola e a Globo faz a produção", revelou Perlingeiro.
Antes da etapa final, o público pode acompanhar nos canais das escolas no YouTube. Quatro agremiações foram contempladas com a Lei Aldir Blanc e outras oito receberam pelo Fundo Estadual de Cultura para realizarem essas lives até o fim do mês de agosto.
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O sonho de voltar a desfilar em 2022, com toda população vacinada, está muito perto de virar realidade. A Viradouro, atual campeã do carnaval, segue realizando suas etapas classificatórias de samba-enredo e para os segmentos o momento é de reencontro.
"É uma felicidade imensa, mesmo a gente sabendo que a quadra não pode estar cheia, rever os amigos, sentir um pouco da energia desse chão, é muito importante. A vacinação está andando", disse Luana Bandeira, musa da escola.
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A Mocidade Independente de Padre Miguel foi uma das escolas de samba que mais perdeu integrantes e torcedores na pandemia. Por isso, o clima no retorno foi de ainda mais emoção, saudade de componentes queridos e a esperança na vida normal.
"É uma mistura de sentimento. Tristeza pelos que se foram, perdemos muita gente querida, e a esperança que tudo isso passe logo e a gente posso voltar ao normal. Tem a alegria pelo retorno", afirmou Paula do Rosário, coordenadora do departamento social.
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Para a passista Thay Barbosa, de 22 anos, que desfila como passista do Salgueiro há três anos, a entrada na quadra trouxe uma sensação inesquecível.
"Fiquei arrepiada. Não via a quadra com movimento há muito tempo. Foi um baque para quem é amante do samba essa pandemia. Hoje, a sensação é de esperança que as coisas vão melhorar. Acredito bastante que vai ter carnaval".