Manifestantes carregam faixas e cartazes em protesto à PEC da Reforma AdministrativaCleber Mendes/Agência O DIA

Rio - Servidores municipais, estaduais e federais realizaram, nesta quarta-feira, um ato na Candelária, Região Central do Rio. Na manifestação, a categoria protestou contra a proposta de emenda à Constituição (PEC) 32, de autoria do governo federal, que reformula o RH do país. A proposta extingue a estabilidade de futuros funcionários públicos (com exceção das carreiras de Estado), acaba com benefícios e garantias previstas — como adicionais por tempo de serviço e promoções automáticas —, amplia a possibilidade de contratação de comissionados e reduz a realização de concursos, entre outros pontos.
Durante a mobilização, que seguiu por diversas ruas do Centro do Rio, manifestantes carregaram faixas e cartazes em protesto à reforma, pediram "fora Bolsonaro' e entoaram gritos como: "Vai avançar a vontade popular". Segundo a Polícia Militar, que acompanhou a ação, o ato seguiu de forma pacífica.
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Além da manifestação, professores e demais servidores das redes de ensino estadual, da capital e de outras cidades também decidiram pela paralisação de um dia. Os comunicados foram enviados pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe) às respectivas secretarias.
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Por conta da manifestação, o Centro de Operações Rio (COR) informou que houve bloqueios temporários na região. O trânsito já apresenta melhores condições.
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'Reforma acaba com a carreira pública'
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"Os servidores não têm outra saída, estamos indo às ruas mantendo todos os protocolos da melhor forma possível nos nosso atos, mantendo o distanciamento. Os sindicatos estão levando máscaras, álcool em gel... Porque nós estamos em um processo de resistência, essa reforma do governo Bolsonaro não pode passar", ressalta Izabel. 
"Primeiro, porque a reforma acaba com a carreira do servidor público. Significa nosso país regredir a uma condição de funcionários fantasmas, que são indicados, regredindo naquilo que a gente conseguiu, que foi o concurso público. Em segundo lugar, representa a precarização dos serviços públicos oferecidos à população, especialmente nas áreas de Saúde e Educação, que necessitam de  um corpo de funcionários estáveis. Somos nós que garantimos esse serviço à sociedade, quando muitas vezes o governo não garante os investimentos", conclui.