Secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz, disse estar tendo atraso na distribuição de dosesMarcos Porto/Agencia O Dia

Rio - O secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, afirmou neste sábado que a expectativa da prefeitura é dar início ao calendário para adolescentes de 15 a 17 anos a partir desta segunda-feira (23). Mas, para isso, depende de um novo envio de doses por parte do Ministério da Saúde. Segundo Soranz, o Ministério se comprometeu em entregar as doses necessárias para a vacinação dos adolescentes ainda neste sábado. Caso isso ocorra, o domingo será de distribuição dos imunizantes aos postos de vacinação para que o calendário seja mantido sem intercorrência na próxima segunda-feira, afirmou o secretário.
A prefeitura ainda não sabe qual é a quantidade de doses que será enviada ao Rio e se será suficiente para a aplicação da repescagem de primeira dose para jovens de 20 a 29 anos. Este grupo teria chance de repescagem neste sábado, mas, devido à não chegada de nova remessa ontem, a programação foi suspensa de última hora pela Prefeitura do Rio. Por causa do anúncio tardio, muitos jovens desinformados foram à toa aos postos de saúde da cidade na manhã deste sábado.
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"Tem 120 mil doses para serem entregues da remessa que deveria ter chegado na semana anterior. O Ministério da Saúde se comprometeu em entregar essas doses hoje (sábado). Se isso acontecer, vamos passar o domingo fazendo a distribuição aos postos para continuar o calendário dos adolescentes sem intercorrência na segunda-feira", disse Daniel Soranz ao telejornal "RJ1", da TV Globo.
Segundo o gestor municipal, a Prefeitura do Rio já tem vacinas suficientes para aplicação das segundas doses agendadas para a próxima semana. Ainda de acordo com ele, são necessárias 270 mil doses para que seja possível iniciar o calendário de vacinação dos adolescentes com e sem deficiência e a repescagem para maiores de 18 anos. Portanto, a repescagem para maiores de 18 (primeira dose) só será planejada após a confirmação do volume da nova remessa.
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"Temos um número (previsto) de doses ainda incerto. Se o Ministério distribuir as 8 milhões de doses no que estão no estoque nesse momento, conseguimos fazer também a repescagem (dos maiores de 18 anos). Se chegar só parte, temos que repensar o planejamento", completou Soranz.
A Prefeitura do Rio anunciou, na quarta-feira, o calendário de vacinação contra a covid-19 para adolescentes de até 15 anos. O imunizante usado será o da Pfizer, único liberado pela Anvisa para esta faixa etária. O calendário seguirá escalonado, com três dias para cada idade e começa na segunda-feira (23), caso as doses esperadas pela prefeitura cheguem neste sábado.
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Confira o calendário previsto:
23/08 - Meninas de 17 anos
24/08 - Meninos de 17 anos
25/08 - 17 anos ou mais
26/08 - Meninas de 16 anos
27/08 - Meninos de 16 anos
28/08 - 16 anos o mais
30/08 - Meninas de 15 anos
31/08 - Meninos de 15 anos
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Terceira dose dos idosos será discutida nesta segunda-feira
A Prefeitura do Rio se reúne com o comitê científico que acompanha a pandemia na cidade nesta segunda-feira. Na ocasião, o grupo vai discutir se os idosos maiores de 60 anos receberão reforço da vacina com terceira dose. "Cada vez estamos mais seguros, olhando os outros países, de que é necessário fazer uma dose de reforço para idosos com mais de 60 anos e que já se vacinaram há seis meses ou mais. É um pleito da Secretaria Municipal de Saúde ao Ministério da Saúde, e vamos discutir isso no comitê cientifico na próxima segunda-feira", comentou Daniel Soranz.
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O secretário disse que o reforço nos idosos será mantido, mesmo diante do cenário de escassez de imunizantes na cidade. "Sim, é muito importante. A vacinação de terceira dose não é para a próxima semana. A gente prevê doses já contratadas pela Pfizer, Butantan e Fiocruz para setembro. Cabe no calendário, na programação de doses do Ministério da Saúde para que ela comece a ser aplicada já na próxima semana ou em setembro, começando pelos idosos em instituições de longa permanência e depois os idosos acima de 80, 70 e 60 anos", explicou, em entrevista ao "RJ1".