Rio - Passageiros que dependem dos trens do ramal Japeri enfrentam longas filas e vagões lotados no início da noite desta segunda-feira. Segundo relatos, os intervalos estão levando mais tempo do que o previsto, causando aglomeração nas estações e dentro dos trens. Passageiros também reclamam de pessoas desrespeitando as medidas sanitárias ao ignorar o uso de máscara dentro dos trens. A Supervia explicou que desde a manhã de segunda-feira o ramal Japeri iniciou impactado por furtos de cabos. "No horário de menor movimento foi possível melhorar os intervalos, mas agora no pico vespertino foi necessário adotar novamente intervalo diferenciado no ramal por questão de segurança".
"Não é mole não, hein @SuperVia_trens?! Não se tem um dia de paz na hora de ir embora! Além de esperar horrores um trem, ele vem assim! Obrigada por isso! Pago R$ 5,00 pra receber exatamente isso", escreveu uma passageiras nas redes sociais.
A concessionária disse ainda que devido ao agravamento de ações de furto de cabos de sinalização em vários pontos do ramal em questão, "os trens podem aguardar ordem de circulação por medida de segurança, uma vez que o controle das composições está sendo feito via rádio e não de forma automática".
O ramal opera com intervalos diferenciados de 16 minutos e não haverá partidas da Central do Brasil com destino final em Nova Iguaçu. Os trens seguirão até a estação Japeri. Os passageiros estão sendo informados por meio do áudio dos trens e estações. "A SuperVia segue empenhada em reparar o sistema no menor tempo possível", disse em nota.
Um trem extra já foi colocado em circulação para minimizar o impacto. Dependendo do fluxo de passageiros, outros trens extras poderão ser incluídos.
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Sobre as queixas de pessoas circulando sem máscara nos trens, a concessionária dise que a fiscalização é uma atribuição do Poder Público, pois "os agentes da SuperVia não têm poder de polícia".
"A concessionária vende passagens apenas aos clientes que estejam utilizando máscaras no momento da compra nas bilheterias e também realiza campanhas de conscientização sobre o uso obrigatório. As orientações são passadas por meio dos canais digitais da concessionária (site e redes sociais), pelo sistema de áudio nas plataformas e interior dos trens, além de cartazes e TV’s dos trens e estações. Por se tratar de uma questão comportamental, a concessionária conta com a compreensão dos passageiros de que essa é uma medida necessária para a preservação da saúde de todos", complementou por meio de nota.
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A Agetransp informou que apura as causas da suspensão dos trens especiais para a estação Nova Iguaçu, do ramal Japeri. "A concessionária alega furto de cabos, e que comprometem a sinalização no ramal. A Agetransp está acompanhando a situação."
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