Corpos encontrados em área de mangue no Complexo do Salgueiro foram retirados pelos próprios moradores e envolvidos em lençóis brancosMARCOS PORTO/AGÊNCIA O DIA

Rio - A Defensoria Pública do Rio afirmou que irá ao Complexo do Salgueiro na tarde desta segunda-feira (22) para prestar orientações jurídicas às vítimas e aos familiares dos homens mortos após uma operação da Polícia Militar na região, no domingo (21).
No sábado (20), uma guarnição da PM foi atacada por criminosos na região e o sargento Leandro da Silva, de 40 anos, morreu. O Bope, então, realizou uma grande operação no local para capturar o autor do crime - havia a informação de que ele estaria ferido no interior da comunidade.
Houve um intenso tiroteio em uma área de mangue, com a apreensão de armas, munição e drogas, mas sem relatos oficiais de feridos ou mortos. Ao longo do domingo, moradores começaram a divulgar nas redes sociais a presença de corpos na área de mata. Até o momento, pelo menos oito já foram retirados pelos próprios moradores.
Além da Defensoria Pública, representada pela NUDEDH (Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos), também irão ao Salgueiro a Comissão de Direitos Humanos da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), a Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a Faferj (Federação das Associações de Favelas do Rio de Janeiro). Eles serão recebidos pela Associação de Moradores do Complexo do Salgueiro.
A Polícia Militar pretende voltar à região ainda nesta manhã, para dar apoio à perícia da Polícia Civil.
Idosa de 71 anos foi baleada em tiroteio
Uma idosa de 71 anos também foi baleada durante o tiroteio entre policiais e criminosos no Salgueiro. Carmelita Francisca de Oliveira foi ferida no braço esquerdo e levada ao Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo. Ela foi medicada e recebeu alta ainda no domingo.