Construção teve placa de identificação retiradaWhatsApp do Dia

Rio - A estátua em homenagem ao militar João Cândido, o Almirante Negro, na Praça XV, foi alvo de vandalismo e teve a placa de identificação retirada. Inaugurado em 2008, o monumento fica localizada em uma área de grande movimento no Centro do Rio, bem perto do terminal das Barcas e ao lado da estação do VLT. 
Em nota, a Secretaria Municipal de Conservação, responsável pelos monumentos da cidade, afirmou que realiza um orçamento para a substituição da peça. Ainda segundo a Secretaria, a obra está incluída na programação regular de limpeza feita pela Gerência de Monumentos e Chafarizes, mas sofre com a ação de vândalos, assim como ocorre com outras estátuas do Rio.
De autoria do artista plástico Walter Brito, a obra de bronze, que tem dois metros de altura, retrata o líder da Revolta da Chibata (1910) segurando um leme em uma das mãos.

A Revolta da Chibata aconteceu em novembro de 1910, quando marinheiros negros se rebelaram contra os castigos a que eram submetidos a bordo de embarcações brasileiras. Na época, o grupo ocupou por cinco dias vários navios na Baía de Guanabara, e João Cândido, que ficou conhecido como o Almirante Negro, liderou a ação.
O marinheiro também ficou eternizado na canção "Mestre-sala dos Mares", de Aldir Blanc e João Bosco, que foi gravada por Elis Regina.

Mais casos
Não é só a estátua de João Cândido que sofre com ações de vandalismo na cidade. Religado há menos de uma semana, o chafariz da Praça Saens Peña, na Tijuca, Zona Norte do Rio, precisou ser desligado no último domingo, 2, após ter o registro de saída do lago arrombado e aberto. Na última quinta-feira, 30, a estátua do poeta Carlos Drummond de Andrade, em Copacabana, na Zona Sul, foi revitalizada e os óculos, furtados no fim de outubro, repostos.

O monumento, feito de bronze, já foi alvo de vandalismo diversas vezes desde que foi inaugurado em 2002 para comemorar o centenário do nascimento do escritor brasileiro. A secretária de Conservação Anna Laura Valente Secco reforçou a importância da ajuda da população no zelo pelas construções cariocas.

“A Prefeitura faz a manutenção regular dos monumentos e chafarizes, mas os cidadãos precisam nos ajudar a combater o vandalismo. Preservar nossa cultura é conservar a história da nossa cidade”, disse.