Secretário visitou Centro de Atendimento a pacientes com síndrome gripal na arena 2 do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, Zona OesteMarcos Porto/Agencia O Dia

Rio - O secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, afirmou durante visita nesta terça-feira (4) ao Centro de Atendimento a pacientes com síndrome gripal que fica na arena 2 do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, que com o aumento de casos de covid-19 ocasionados pela variante Ômicron, se torna cada vez mais difícil realizar um Carnaval como o dos anos anteriores à pandemia. Nesta terça-feira, o prefeito Eduardo Paes e o titular da SMS participam de uma reunião com representantes de blocos para definir as condições para o Carnaval de rua deste ano. Participam do encontro ligas como Sebastiana, Zé Pereira, Carnafolia, Liga do Centro e grandes blocos como Bola Preta e Bloco da Anitta.
"O Carnaval é uma festa muito importante para a cidade do Rio de Janeiro, mas sempre tem que se dar preferência à segurança sanitária (...) Com a nova variante (Ômicron), e essa variante dissemina muito mais rápido do que as demais, a gente está vendo um aumento do índice de positividade e um aumento do número de casos. Esse aumento, certamente muda o cenário epidemiológico e deixa cada vez mais difícil que a gente tenha um Carnaval igual aos que a gente teve no período anterior", afirmou o secretário.
Segundo Soranz, houve um aumento de casos do novo coronavírus, com aproximadamente 10% dos testes feitos para a doença positivos, representando um índice maior de positividade do que o registrado anteriormente. Apesar do baixo número de internações e óbitos pelo vírus, o panorama de casos vem mudando com a rápida disseminação da Ômicron.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que a taxa de positividade dos testes para covid-19 no Município do Rio atualmente é de 13%.
Já os casos de gripe na cidade nas últimas semanas reduziram consideravelmente. Nesta última semana, a queda no índice de pacientes que buscaram assistência na rede de urgência e emergência foi de 75% em relação ao início de dezembro. Mais de 2,9 milhões de pessoas já foram imunizadas contra a gripe na cidade.

Para evitar o aumento dos casos e a possível sobrecarga no sistema de saúde, a estratégia adotada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é incentivar a população carioca a completar o esquema vacinal e tomar a dose de reforço. Pessoas com 18 anos ou mais que tomaram a segunda dose há quatro meses ou mais já podem procurar os postos para receber a terceira.

"É muito importante que todo carioca procure uma unidade de saúde quando completar quatro meses da segunda dose, para tomar a dose de reforço. Ela protege contra a variante Ômicron, protege contra o agravamento da doença e protege a cidade como um todo. A gente só tem um panorama epidemiológico favorável hoje, com baixa internação, com baixíssimo número de óbitos por covid-19, pela alta cobertura vacinal”, incentivou o secretário. “A gente tem que ter a consciência que a vacina protege, mas que ao longo do tempo, essa imunidade vai diminuindo. Com a diminuição do efeito protetor da vacina, é necessário fazer uma dose de reforço para manter essa proteção”, continuou ele.

De acordo com a atualização das 12h de hoje do Painel Rio COVID-19 da prefeitura, 87,7% da população total carioca já tomou a primeira ou dose única contra a covid-19, e 80,7% completou o esquema vacinal com as duas doses ou a única. A dose de reforço já contemplou 23,3% da população total do Rio. O secretário Daniel Soranz anunciou também que, com o início da vacinação de crianças com idades entre 5 e 11 anos, prevista para a segunda quinzena de janeiro, mais pontos de imunização serão abertos.

"A gente tem sim um planejamento de abrir mais pontos de vacinação pela cidade, principalmente no início da vacinação das crianças. A gente pretende vacinar as crianças nesse mês de janeiro, então a gente vai precisar, também, de um aporte maior de profissionais, para intensificar a campanha de vacinação, principalmente para a vacinação das crianças, que deve começar na segunda quinzena de janeiro. A secretaria já se prepara para isso, que é mais uma estratégia para vencer a variante Ômicron", disse Soranz.