Álvaro Luiz Luna foi sequestrado por criminosos em dezembro do ano passadoReprodução / Redes Sociais

Rio - A família de Álvaro Luís Luna, de 56 anos, diz que se sente aliviada com a prisão de um dos traficantes acusados de participarem do sequestro do aposentado. No entanto, ainda aguardam respostas sobre o que de fato aconteceu. Outros dois suspeitos ainda não foram localizados. Um dos filhos de Álvaro diz que a sensação é de medo constante.
“A justiça tem que ser feita. Estamos todos com muito medo, só prenderam um. Só quem estava morando lá era minha madrasta e meu pai, mas ela está com muito medo, não conseguiu nem voltar pra ver como está a casa. Foi muita covardia o que fizeram com meu pai”, disse.
Álvaro morava no bairro Shagri-la, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Ele estava em casa quando criminosos invadiram a residência, o espancaram e o sequestraram no dia 26 de dezembro. Inicialmente, informações davam conta que os bandidos teriam entrado no local para praticar furtos, mas decidiram roubar o carro da vítima, que acabou sendo levado junto. De acordo com testemunhas, o aposentado foi acusado pelos traficantes de ser delator, mas a família nega a versão dos criminosos.
Família diz que já fez o reconhecimento do corpo, mas Civil pede exame de DNA
No dia 28 um corpo foi encontrado esquartejado e queimado em um matagal, na localidade de Itaipu, também em Belford Roxo, ao lado do veículo do aposentado. Os familiares de Álvaro foram até o IML para fazer o reconhecimento da vítima, mas a Polícia Civil decidiu fazer um exame de DNA para atestar a identidade de Álvaro.
“Mesmo com a marca da cicatriz na barriga, com os dois dentes e a cabeça pequena, com um achatamento em cima, eles não quiseram colocar o nome do meu pai na certidão de óbito e disseram que iriam ligar para fazer o exame de DNA”, conta o filho da vítima.
O filho de Álvaro diz que o pai era querido na comunidade e se aposentou da profissão de motorista após problemas de visão. “Ele era um ótimo pai. Mesmo depois da separação com a minha mãe, não deixou faltar nada pra mim nem para os meus irmãos. Ele era querido pelos passageiros e pela família. Mesmo depois de se aposentar, por causa da visão, ele continuou ajudando no morro onde morava com minha madrasta”, finalizou.