PM faz operação na Cidade Alta, em CordovilREGINALDO PIMENTA/AGÊNCIA O DIA

Rio - Duas unidades de saúde da rede municipal em Cordovil, na Zona Norte, foram afetadas por conta de uma operação realizada pela Polícia Militar na manhã desta quarta-feira (2) nas comunidades Cidade Alta, Pica-Pau e Cinco Bocas. O Centro Municipal de Saúde José Breves e a Clínica da Família Heitor dos Prazeres ficaram fechadas durante a manhã.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, as unidades, localizadas na Cidade Alta, "acionaram o protocolo de acesso mais seguro" e não abriram as portas "para segurança de usuários e profissionais". As direções vão avaliar o clima na comunidade na parte da tarde para decidir se irão funcionar. A clínica Heitor dos Prazeres é também ponto de vacinação.
Operação para descobrir autor do tiro
O tenente-coronel Ivan Blaz, porta-voz da PM, disse que a operação foi realizada por conta do episódio de terça-feira (1º), quando um adolescente de 17 anos foi baleado após ele e a mãe, a bordo de um carro, entrarem por engano na Cidade Alta. Caio Douglas do Nascimento está em estado grave.
"Essa operação foi motivada por conta de um ato de violência contra um cidadão de bem ontem. Uma senhora junto com o seu filho entraram em um acesso de forma errada e o jovem foi baleado. É uma situação revoltante e a gente não pode tratar como natural", afirmou Blaz em entrevista ao 'Bom Dia Rio'.
O tiroteio ainda no fim da madrugada levou pânico aos moradores e fez a SuperVia suspender boa parte da circulação dos trens no ramal Saracuruna. Ao todo, 12 estações ficaram fechadas, da Penha Circular até Saracuruna. Durante duas horas, os trens só operaram da Central do Brasil até a Penha. O ramal foi normalizado às 8h.
Algumas entradas da Cidade Alta chegaram a ser obstruídas por barricadas e por dois ônibus que foram roubados e atravessados na rua, a fim de impedir o avanço das equipes policiais e de motoristas. A PM retirou os veículos cerca de 30 minutos depois.
Nas redes sociais, moradores lamentaram mais uma manhã de sufoco. "Como que vai trabalhar se não tem trem, tiroteio em Cordovil e toda condução que eu pegar vai passar pelo tiroteio?", questionou uma moradora. "Cordovil virou guerra da Síria", disse outro.