Durante depoimento, Gabriel Monteiro alegou não saber idade verdadeira da meninaDivulgação/CMRJ

Rio - Os membros do Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio vão, na tarde desta segunda-feira, ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) para se reunir contra o Procurador-Geral do Rio, Bruno Teixeira Dubeux, sobre as denúncias contra o vereador Gabriel Monteiro (sem partido). Nas últimas semanas, o parlamentar foi acusado de estupro e de assédio moral contra mulheres com quem teve um caso e ex-servidores. 
Nas redes sociais, o vereador Chico Alencar (PSOL) repudiou as acusações feitas contra o parlamentar do Rio. "Mais 3 denúncias de abominável violência sexual por parte do vereador Gabriel Monteiro(PL)! O Conselho de Ética da Câmara do Rio tem que iniciar rigorosa apuração. As depoentes precisam ter proteção do Estado. E o MP abrir Ação Pública Incondicionada, pela gravidade dos relatos. O Conselho de Ética se reúne nesta segunda (4) com o Procurador Geral do Estado e na terça-feira (5) avaliará novamente a abertura de Representação em desfavor do vereador Gabriel Monteiro", afirmou.
Nesta terça-feira, o Conselho de Ética vai se reunir na Câmara do Rio nesta terça-feira, a partir das 14h30. Na última terça, sete titulares e dois suplentes discutiram sobre as acusações contra o ex- PM por assédio sexual e moral. Na ocasião, o presidente do Conselho de Ética, Alexandre Izquierdo (DEM), disse que entende que são denúncias graves e que junto com sete titulares e dois suplentes, decidiu que analisar os elementos e provas que foram divulgados sobre o caso.
"Vamos acompanhar de forma tranquila, sem açodamentos [precipitações]. Também iremos coletar dados com o Ministério Público (MP) e com a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam). Durante esses dias, o Conselho de Ética vai se reunir para ver se irá ter uma representação contra o vereador Gabriel Monteiro ou não. Essa é a nossa decisão. Não foi unânime, mas foi por maioria", afirmou.
Neste domingo, novas denúncias de abuso sexual surgiram contra o vereador do Rio. Uma das vítimas contou ao Fantástico, da Rede Globo, que Monteiro a ameaçou com uma arma apontada contra a cabeça dela para coagi-la a ter relações sexuais com ele. Duas das mulheres, que também não quiseram se identificar, contaram que os episódios aconteceram quando o parlamentar atuava como policial militar no Rio. Na época, uma delas tinha apenas 16 anos. 
A vítima, que era menor de idade na época do abuso, relatou ao programa que foi convidada a uma festa na casa de Monteiro. Quando chegou no local, viu uma mulher sendo espancada pelo parlamentar, que também teria sido convidada para a comemoração na casa dele. Depois que a situação ficou mais calma, eles fizeram um lanche e ele as convidou para fazer sexo a três.
"Ele foi e falou: vamos para o quarto. Eu falei: eu não quero. Vamos, vai ser legal, por favor, por favor. Aí ela veio também, me chamou e eu fui. Com medo, porque ele tinha acabado de tentar matar ela na minha frente. Eu fui", lembrou.