Ato de greve feito por grupos de garis, desta vez na porta da sede da Comlurb, na Tijuca, nesta quarta-feira (06). Fabio Costa
De acordo com o secretário geral do Siemaco/RJ, Antonio Carlos da Silva, após 10 dias de greve e sem uma solução, a categoria ainda enfrenta um parecer de abusividade da greve dado pelo Ministério Público do Trabalho.
“Nos últimos dias, o prefeito (Eduardo Paes) disse que estava disposto a negociar. No pedido de reabertura das negociações, porém, não citamos valores”, informou Silva.
Gari e integrante do Círculo Laranja, Roberta Martins, disse que na manhã desta quarta-feira representantes dos trabalhadores estiveram reunidos em frente à sede da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), na Tijuca, onde tentaram ser recebidos pela presidência. Sem sucesso, os garis se juntaram ao protesto dos servidores municipais em frente à prefeitura. No entanto, também não foram recebidos por Paes.
”A nossa luta é pela valorização da vida e contra um plano de saúde de morte. Não somos baderneiros e nem estamos ligados a qualquer grupo político. Até o momento, estamos vendo manobras que estão desgastando a categoria”, avaliou Roberta.
A representante do Círculo Laranja informou que a última sugestão dada pela categoria ao sindicato, que previa reajuste de 15% dos salários e nos tíquetes de alimentação, não tinha sido anexada ao processo do TRT. Por sua vez, Silva disse que o pedido do Siemaco/RJ é pela reabertura das negociações, mas que no momento não caberia citar valores a serem acordados.
Por meio de nota, a Comlurb disse que “sempre se mostrou disponível a negociar com a categoria, tendo inclusive aumentado significativamente sua proposta inicial”. De acordo com a companhia, nessa etapa do processo, os percentuais foram propostos pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e Ministério Público do Trabalho (MPT) em audiência de conciliação, cabendo às partes aceitarem ou não.
“A Comlurb aceitou, mas o sindicato optou em manter a greve ilegal. Diante da intransigência dos grevistas, que ainda insistem nos piquetes agressivos e nos danos aos caminhões de coleta, a Comlurb agora aguarda a decisão final da Justiça”, disse trecho da nota.
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