A Secretaria Municipal de Educação informou que 14 unidades escolares da região da Vila Cruzeiro seguem fechadas na manhã desta quarta-feira (25)Foto: Reprodução da internet

Rio - Um dia após a megaoperação que terminou com 24 mortos e levou pânico aos moradores da Vila Cruzeiro e da Penha, o clima na região ainda é de insegurança na manhã desta quarta-feira (25). Por conta disso, 14 escolas municipais não abriram e seguem com aulas remotas.
O Secretário Municipal de Educação do Rio, Antoine Lousão, disse a secretaria está com uma ação alternativa para atender às crianças: "A Secretaria vem acompanhando essas situações de fechamento de unidades escolares em função de operações policiais e sabemos da importância da escola aberta, mas quando não é possível, temos a nossa estratégia de garantir a oferta de conteúdo por meio do ensino remoto e o acompanhamento dos alunos”. 
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os postos e clínicas da família funcionam normalmente. A Secretaria de Estado de Saúde do Rio informou que as unidades do Complexo da Penha que pertencem à rede estadual são o Hospital Getúlio Vargas e a Upa Penha, que também estão funcionando normalmente nesta quarta-feira.

A 2ª operação mais letal da história do Rio
A megaoperação policial que terminou com 24 mortos e levou pânico aos moradores da Vila Cruzeiro e da Penha, na terça-feira (24), já é considerada a segunda mais letal da cidade. A primeira foi a que resultou em 28 mortes no Jacarezinho, incluindo a de um policial civil. A ação policial no Jacarezinho completou um ano na última quinta-feira (13). As mortes da operação na Vila Cruzeiro serão alvo de procedimento investigatório criminal pelo Ministério Público do Rio.
A operação policial na Vila Cruzeiro começou por volta de 03h:30h de terça e, segundo a Polícia Militar, foi encerrada por volta das 16h40. O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) atuaram conjuntamente na região. O objetivo era localizar e prender lideranças criminosas que estão escondidas na comunidade, inclusive criminosos oriundos de outros estados do país, como do Pará, de Alagoas, do Rio Grande do Norte e do Amazonas.