Policiais militares do Rio começam a usar câmeras acopladas nos uniformesDivulgação Governo do Rio
PMs começam a usar câmeras nos uniformes nesta segunda-feira
Equipamento deveria ter sido instalado no dia 16 de maio, mas a empresa responsável pela tecnologia não cumpriu o prazo
Rio - A Polícia Militar confirmou que policiais vão começar a usar câmeras de segurança nos uniformes a partir desta segunda-feira (30). Nessa primeira etapa, os equipamentos, que ficam acoplados aos uniformes, começam a ser usados por policiais militares do 2º BPM (Botafogo), 3º BPM (Méier), 4º BPM (São Cristóvão), 6º BPM (Tijuca), 16º BPM (Olaria), 17º BPM (Ilha do Governador), 19º BPM (Copacabana), 23º BPM (Leblon) e 1ª Companhia Independente da Polícia Militar (Laranjeiras). Essas unidades são subordinadas ao 1º Comando de Policiamento de Área.
O governo do estado dará início à implementação em um evento na Praça do Lido, em Copacabana, a partir das 9h. A instalação dos equipamentos deveria ter iniciado no dia 16 de maio, no entanto, a empresa responsável pela tecnologia, a L8 Group, disse que não conseguiu cumprir o prazo de entrega por causa de "problemas operacionais" e pediu mais 20 dias. O governo do Rio abriu processo e a companhia pode ser penalizada pela demora.
A expectativa do estado era de que até o final do primeiro semestre todas as unidades operacionais convencionais da corporação utilizassem 8 mil equipamentos do tipo.
Evento teste
A tecnologia chegou a ser testada por agentes da PMs e da Operação Lei Seca durante o Réveillon de Copacabana. Cerca de 200 equipamentos fizeram o registro de atividades e abordagens.
A instalação de câmeras portáteis foi estabelecida por decreto do governador Cláudio Castro e faz parte do projeto de transparência do Governo do Estado. Além de proteger os servidores em casos de falsas acusações, o uso do equipamento vai aumentar a transparência e a fiscalização das ações policiais. As imagens geradas em função de ocorrências poderão ficar armazenadas por até um ano.
Entenda como vai funcionar a tecnologia na prática
Para ter acesso ao equipamento, o agente vai até uma central de recarga e armazenamento de imagens, onde é feita a leitura facial. Um compartimento se abre e a câmera portátil é retirada e colocada no uniforme do agente. A gravação se inicia automaticamente quando o equipamento é liberado, e a câmera filma 12 horas seguidas. As imagens geradas são passadas para uma nuvem e podem ficar armazenadas por até um ano. As câmeras não permitem edição e nem manipulação de imagens.
As câmeras operacionais portáteis são uma solução completa de videomonitoramento, englobando câmeras, acessórios de fixação, equipamentos de carregamento elétrico e descarregamento de vídeos e links de dados para transmissão das imagens. Também estão incluídos computadores e telas para o monitoramento remoto dos agentes, rede de dados para acompanhamento das imagens em tempo real e software de gestão das imagens, tudo com suporte, treinamento e garantia.
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