Jovem de 22 anos foi mantida em cárcere privado e torturada pelos sogros, na Região Oceânica de NiteróiDivulgação
No entanto, o crime de estupro, cometido pelo sogro e relatado pela vítima em depoimento, não foi citado pela promotoria. Segundo o MP, o fato não foi incluído na denúncia pois, segundo o relato da jovem, o crime ocorreu na cidade do Rio. "Portanto, deve ser ajuizada eventual ação penal, já que a competência criminal é, em regra, definida em razão do local do cometimento do delito", explicou o órgão.
Relembre o caso
No dia 27 de março, a jovem foi resgatada por policiais do 12º BPM (Niterói), no bairro de Várzea das Moças. Em depoimento, a vítima contou que havia se mudado para a casa dos sogros em outubro do ano passado, logo depois do namorado ser preso. Segundo ela, a mudança ocorreu para ficar mais fácil realizar as visitas ao companheiro.
No entanto, cinco meses depois, o sogro a forçou a manter relações sexuais com ele dentro da própria casa. Desconfiada de que a jovem teria relações consensuais com seu marido, a sogra passou a trancá-la em um quarto, a mantendo em cárcere privado. Além disso, a mulher também passou a agredir a nora com barras de ferro e pedaços de madeira.
As agressões duraram cerca de cinco dias. Durante um momento de distração dos sogros, a vítima conseguiu entrar em contato com um amigo, que avisou imediatamente a mãe da jovem. Policiais foram acionados e, ao chegarem no local indicado, encontraram a mulher machucada. Na ocasião, os sogros e um vizinho foram presos.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.