Vinícius Hayden, ex-assessor do vereador Gabriel Monteiro, morreu em acidente de carro em Teresópolis. Ele havia denunciado do vereador e dizia estar sofrendo ameaçasReprodução Arquivo Pessoal

Rio - Roberto Witeze, pai de Vinícius Hayden, ex-assessor do vereador Gabriel Monteiro, prestou depoimento na 110ªDP (Teresópolis), na quinta-feira (02), e na ocasião, falou sobre as escolhas de Hayden. Ele disse que o filho entrou para a política para ajudar as pessoas, mas que já estava preocupado com sua segurança. Vinícius morreu em um acidente de carro na RJ-130, em Teresópolis, Região Serrana do Rio, no último dia 28. 
"O Vinicius sempre foi uma pessoa maravilhosa em termos de querer ajudar as pessoas. Ele entrou para a política justamente pra isso [...] Eu acho que ele conseguiu isso em determinado tempo. Agora ele estava mais focado em resguardar a vida dele", disse Roberto à Inter TV.
O pai de Hayden compareceu à delegacia acompanhado de dois amigos. "O delegado solicitou não só que eu viesse aqui saber alguma coisa sobre o processo, das coisas que estão se passando, mas não tem nada definido", disse ele.
Vinícius capotou de carro na rodovia da Serra do Rio. Ele estava com uma mulher no carro que também foi chamada para prestar depoimento na quinta-feira. No momento, ela se recupera da lesão causada pelo impacto do acidente.
Antes do acidente, o Vinícius afirmava que estava sofrendo ameaças de morte. Hayden era uma das testemunhas de acusação do processo que julgava Gabriel Monteiro por quebra de decoro, estupro, assédio sexual e por forjar vídeos para a internet. No dia 25 de maio, ele prestou depoimento no Conselho de Ética da Câmara Municipal de Vereadores do Rio
No dia anterior ao acidente, o ex-assessor pediu um segurança à vereadora Teresa Bergher, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. O caso é investigado pela Polícia Civil. 
Varredura
Parlamentares do Conselho de Ética envolvidos no processo contra Monteiro (PL) pediram à Mesa Diretora da Câmara do Rio que seja realizada uma varredura de escutas em seus gabinetes e em seus aparelhos celulares. Os integrantes acreditam na possibilidade de estarem sendo espionados pelo ex-policial militar. Dos sete membros, seis solicitaram ainda o uso de carros blindados para reforçar a própria segurança.
A suspeita dos vereadores sobre a presença de escutas surgiu depois dos depoimentos dos ex-assessores Heitor Nazaré Neto e Vinícius Hayden Witeze, no último dia 25. Nas oitivas, ambos afirmaram que Monteiro mandava os assessores investigarem a vida dos colegas parlamentares.