Bruno passava pela Avenida Doutor Albino Imparato, no momento em que uma viatura do serviço reservado da Polícia Militar foi cercada e alvejada por criminosos. O carro que o técnico dirigia, bem como o da PM, foram atingidos pelo para-brisa traseiro.
De acordo com informações do 7º BPM (São Gonçalo), não houve troca de tiros. Após os disparos cessarem, Bruno foi encontrado morto no veículo. Os policiais não ficaram feridos e teriam se protegido atrás de postes.
A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) assumiu o caso e fez pericia no local, e agentes da especializada buscam câmeras de segurança e testemunhas que possam ajudar na identificação dos autores do crime.
Os familiares de Bruno desconfiam que o técnico tenha sido vítima de uma emboscada. De acordo com uma prima, a empresária Mariana Longobuco, a família foi informada de que ele foi baleado durante um confronto entre policiais e criminosos na região. Entretanto, descobriram que Bruno já havia encerrado o expediente, mas o patrão pediu para que ele fosse até o seu restaurante, que fica no bairro. O homem então seguiu para o local, dirigindo o carro do chefe, e acabou sendo atingido.
"A realidade foi que não houve confronto, que o patrão dele, que na realidade tem duas empresas, e ele só trabalhava para uma, que não era no (Jardim) Catarina, e lá funcionava um restaurante, que já estava fechado. O patrão mandou ele ir lá, com o restaurante fechado, sem o patrão estar lá. Esse está o sendo grande ponto de interrogação. O tiro foi direcionado para o carro que, inclusive, era do próprio patrão", afirmou a prima.
Ainda de acordo com Mariana, familiares não sabem o motivo do técnico ter sido mandado ao estabelecimento, que estava fechado, e ainda não tiveram contato com o patrão de Bruno. A vítima morava no bairro do Arsenal e a empresa em que ele trabalhava com a manutenção de impressoras fica no Empresarial Parque das Águas, no Colubandê. O Jardim Catarina não fazia parte de seu perscurso diário, como contou a irmã, Lucilene Longobuco, em entrevista ao 'BDRJ' da TV Globo.
"Os tiros foram direcionados para o meu irmão. Diretamente para ele. Coincidência ou não, eu não acredito em coincidências, mas ele tem as mesmas características físicas que o patrão dele. Ele foi direcionado para um restaurante que não estava em horário de funcionamento e nem estava funcionando, isso era 18h da noite, dentro de um local em que há confronto e o patrão já tinha ciência disso. Então, eu quero entender o que o meu irmão foi fazer lá, se no horário que aconteceu, ele já estaria em casa com a filha e a esposa, que estava ansiosa aguardando pela chegada dele, como todos os dias. Ele estava em um local totalmente distinto, que não é o percurso dele, nem para ir para casa e nem de trabalho".
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