Suelen da Silva, de 34 anos, morta em frente à boate onde era gerente, em Nova IguaçuReprodução

Rio - Foi enterrado na tarde desta sexta-feira (1º), no cemitério de Santa Cruz, na Zona Oeste, o corpo da gerente Suelen da Silva, de 34 anos, morta a tiros em frente à boate onde trabalhava, na madrugada desta quinta-feira (30) no bairro Rancho Novo, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Suelen estava trabalhando quando quando pelo menos seis homens encapuzados e de bonés desceram de um carro e invadiram o estabelecimento à sua procura. Para a cozinheira Monique Costa, irmã da vítima, o crime foi premeditado.
"Fui até lá e vi o corpo da minha irmã no chão, cheio de tiro. Ela estava dentro do local, os criminosos chegaram, bateram em outras pessoas e pediram somente a gerente. Nesse momento, ela tentou fugir, mas não conseguiu. Eles a colocaram para fora e a executaram na porta da Rainha do Cabaré. Esse foi o local onde ela foi assassinada brutalmente. Deram seis tiros só na cara dela", disse, no Instituto Médio Legal (IML) de Nova Iguaçu, durante o reconhecimento do corpo.
A cozinheira ainda contou que não sabia sobre possíveis ameaças sofridas por Suelen, mas recebeu a informação de que ela teria tido um atrito com clientes do local. De acordo com ela, a irmã era muito fechada em relação à vida pessoal.
Monique alega estar sendo ameaçada por estar buscando justiça pela irmã. Nesta quinta, logo após o ocorrido, ela foi procurada por um número desconhecido.
"[A pessoa] falou que eu estou mexendo com gente grande, que isso [o assassinato] foi coisa de problema que ela [Suelen] teve já há tempos. E para eu parar, porque eu não tenho nada a ver com isso, mas que poderia espirrar em mim. Eu falei que não tem problema. Eu estou preparada. Se eu morrer do mesmo jeito dela, eu vou morrer tentando fazer a justiça", disse .
Em seu relato, a cozinheira diz que a pessoa que a ameaçou alegou que sabia muita coisa sobre o que aconteceu com Suelen e que sabia o motivo pelo qual ela foi morta, apesar de a família não ter conhecimento de nenhum desentendimento da mulher.
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) está investigando o caso da morte de Suelen.