sepultamento do PM Bruno de Paula Costa, morto no complexo do Alemão. Cléber Mendes/Agência O Dia

Rio - Familiares do cabo da Polícia Militar, Bruno de Paula Costa, de 38 anos, pediram justiça pela morte do militar, baleado no pescoço durante um ataque à UPP Nova Brasília, no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio. O corpo dele foi enterrado no fim da manhã deste sábado (23), no cemitério Jardim da Saúde, em Sulacap, na Zona Oeste. Cerca de 300 pessoas, entre eles amigos da corporação e do Exército Brasileiro, onde Bruno foi paraquedista, se despediram do colega de farda. O PM deixa dois filhos autistas, de 8 e 10 anos. 
O irmão da vítima, Valdir Costa, mora na Holanda e voltou às pressas ao Brasil para conseguir se despedir de Bruno. Ele questionou se a morte do PM iria ficar sem justiça. "Quem é o culpado pela morte do meu irmão? Dele próprio? Meu irmão é um homem, pai e filho exemplar, morreu em combate. Ele morreu porque não temos investimento em políticas públicas. Com quem eu vou falar agora. Quem matou meu irmão?", disse.
Ainda segundo Valdir, os dois filhos de Bruno ainda não sabem da morte do pai, mas o mais novo pergunta a todo tempo por Bruno. "Só pergunta pelo pai o tempo todo. É triste de ver". A irmã da vítima, Denise de Paula Costa, conta que o irmão será lembrado como um "homem de honra". 
"Um pai, irmão e filho excelente. Com 14 anos ele tinha o sonho de ser paraquedista e sempre cantava músicas do Exército. O primeiro salário dele foi usado para comprar um fogão para dentro de casa. Tinha um coração enorme. Fica agora a saudade", lamentou Denise.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) está investigando a morte do policial. A especializada também divulgou um cartaz pedindo informações sobre os responsáveis pelo crime