Ângelo Máximo, advogado que representa o pastor Anderson do Carmofotos Cléber Mendes
Acusação aponta Flordelis como 'chefe da organização criminosa' e comemora condenação
Ângelo Máximo, que representa a família do pastor Anderson do Carmo, disse que a família da vítima está satisfeita com a decisão
Rio - O assistente de acusação e advogado Ângelo Máximo, que representa a família do pastor Anderson do Carmo contra Flordelis e outros quatro réus, comemorou, neste domingo (13), a condenação da pastora a 50 anos e 28 dias de prisão. Segundo ele, a ex-deputada federal seria a "chefe da organização criminosa" que orquestrou a morte do homem.
A condenação aconteceu após seis dias de julgamento, começando na última segunda-feira (7) e terminando neste sábado (12). O resultado só foi anunciado na manhã deste domingo (13) com Flordelis sendo sentenciada pelos crime de homicídio triplamente qualificado - motivo torpe, emprego de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima -, tentativa de homicídio duplamente qualificado, uso de documento falso e associação criminosa armada em regime fechado.
Após a decisão dos jurados divulgada pela juíza Nearis Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, o advogado Ângelo Máximo disse que os parentes de Anderson do Carmo estão satisfeitos com a condenação da pastora e de Simone dos Santos Rodrigues, filha biológica de Flordelis, que foi sentenciada a 31 anos, quatro meses e 20 dias de prisão por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado e associação criminosa armada.
"Depois de três anos da busca pela justiça, a família [do Anderson] está satisfeita com a condenação da chefe da organização criminosa, pois sem a atuação dela o Anderson do Carmo não teria sido assassinado. Está satisfeita com a condenação da Simone, que tentou ser a protagonista na ação penal, foi quem puxou toda essa corja, essa falsa acusação de estupro em desfavor do Anderson", comentou a acusação.
A defesa de Flordelis alegou que vai recorrer a condenação por conta de dois erros que teriam sido cometidos durante a sessão. Um seria um documento apresentado pelo Ministério Público que a defesa informou que não teve acesso e o outro seria uma fala do assistente de acusação questionando o fato dos réus terem ficado em silêncio nas perguntas da juíza e da acusação.
Os acusados optaram por responder apenas as perguntas da defesa e dos jurados. Segundo Máximo, não há como haver uma nulidade da sentença apenas por causa da sua fala. O advogado ainda afirmou que vai respeitar o júri e não vai recorrer da decisão de absolvição dos filhos afetivos da pastora André Luiz de Oliveira e Marzy Teixeira, além da neta biológica da ex-deputa Rayane dos Santos de Oliveira.
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