Acidente aconteceu entre as estações Mato Alto e Magarça, na Avenida D. Joao VI, em GuaratibaReginaldo Pimenta / Arquivo / Agência O Dia

Rio – Um jovem caiu de um BRT em movimento, na tarde deste sábado (19). A queda aconteceu na Avenida Dom João VI, em Guaratiba, Zona Oeste do Rio, entre as estações Magarça e Mato Alto, no corredor Transoeste.
A vítima, identificada como Henrique Lima, de 21 anos, foi socorrida por bombeiros de Guaratiba e encaminhado para o Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande. O estado de saúde dele é grave, de acordo a Secretaria de Saúde. 

Em nota, a Mobi-Rio, que opera o sistema, informou que o passageiro estava na porta e acabou se desequilibrando e caindo ao tentar forçar a passagem para mantê-la aberta durante a viagem. Ainda de acordo com a concessionária, o motorista do veículo foi avisado pelos próprios passageiros, parando na estação mais à frente.
A empresa disse que durante "as viagens, muitos passageiros forçam as portas, alguns desconectando até os mecanismos do equipamento para manter aberto e poder sair onde quiser, pulando do ônibus e arriscando sua vida".

Acidentes como este não são novidade para quem usa o transporte articulado constantemente. No fim de setembro, o DIA mostrou um passageiro que ficou gravemente ferido após cair de um BRT na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. Dias antes, um outro homem também caiu do articulado, que passava por um viaduto, em Curicica.
Questionada sobre caminhos para coibir esse tipo de situação, a Mobi-Rio informou que agentes do programa BRT Seguro, da Secretaria de Ordem Pública, atuam nas estações para garantir a segurança dos passageiros, pedindo para que as pessoas entrem e fecham a porta, e a integridade física dos condutores, que são ameaçados por parar o ônibus quando alguns passageiros insistem em forçar as portas e as quebram.

A empresa pública lembrou também que "as portas não são quebradas porque os articulados estão cheios" e que "forçar a porta e destruir o equipamento é um ato de vandalismo e coloca em risco não só a vida de quem a mantém aberta como a dos demais passageiros."