Após apresentação da LDO 2022, vereadores pediram maior detalhamento sobre planos para limpeza urbana, escola pública para autistas, prevenção a enchentes, conclusão da obra da policlínica do bairro Vila Três. auxílio para vítimas de violência doméstica e gestão do Teatro MunicipalReprodução / YouTube
Com o microfone aberto, a vereadora Priscilla Canedo (PT) indagou o secretário de Assistência Social sobre um possível pagamento de aluguel social para mulheres em situação de vulnerabilidade financeira, que estejam sofrendo algum tipo de ameaça, agressão física e/ou psicológica de seus maridos ou companheiros. Ela e os vereadores Professor Josemar e Romário Régis criaram há poucos dias um formulário on-line, onde os gonçalenses encaminham sugestões de emendas para o orçamento. Edinaldo Basílio se comprometeu a conversar com sua equipe a respeito do assunto, o qual considera relevante.
À secretária de Educação, Canedo questionou a possibilidade de criação de escolas para crianças com a síndrome do espectro autista. "Nossa cidade tem mais de 10 mil autistas e uma única escola para atender no máximo 130 crianças nessa situação. A escola do autista é uma bandeira que eu tenho pautado muito aqui nas sessões. Como a secretária informou da meta de instalação de uma unidade do tipo no Alcântara, gostaria de saber se há condições de criar outras", perguntou a vereadora.
"Essa é uma meta em curto prazo, mas em longo prazo poderemos incluir novas unidades. A intenção é oferecer o maior número possível de unidades a todo o município. O prefeito demonstrou preocupação em atender as crianças do Alcântara em um imóvel já definido. Estamos negociando a compra ou a locação junto ao proprietário. Entretanto, nossa meta daqui para frente, é estar cada vez mais, em diferentes bairros, para atender esses alunos bem próximo de suas residências", respondeu Lícia Damasceno.
Já o vereador Professor Josemar (PSOL) perguntou ao secretário de Governo sobre os planejamentos da administração municipal, referentes à prevenção de enchentes e alagamentos, problema recorrente no município.
"Sucessivos prefeitos costumam buscar desculpas pouco convincentes para justificar o descaso, a indiferença e a inércia diante de um assunto tão grave, que tantos transtornos traz à população. Na verdade, o que falta é promover limpeza ostensiva nas galerias fluviais e executar obras estruturais na cidade. Há até pouco tempo, a alegação era a de que faltavam recursos públicos municipais e vontade política do governo estadual para estabelecer parcerias nesse sentido. Hoje, existe um bom repasse de verba da Cedae e uma aliança política estabelecida entre os atuais prefeito e governador. Queremos ações práticas, preventivas, eficazes e objetivas", disparou o edil psolista.
"A região de Jardim Catarina e do Mutondo sofrem devido à presença de rios, cuja limpeza e desassoreamento são de responsabilidade do Instituto Estadual do Ambiente. O Inea chegou a nos atender com um início de trabalho e não concluiu. São Gonçalo tem um grande problema estrutural, que é a falta de máquinas e caminhões próprios, mas já temos um projeto de licitação elaborado pela Secretaria de Urbanismo para contemplar todo o equipamento necessários para dar autonomia à Prefeitura de realizar diretamente esse serviço sem depender de uma intervenção direta do órgão estadual", assegurou Fábio Vianna.
O tema segurança pública, principal mote da campanha eleitoral do Capitão Nelson no ano passado, foi abordado pelo vereador Glauber Poubel (PSD), que sugeriu ao secretário de Gestão Integrada a criação de um Fundo Municipal em favor da Guarda Municipal, desconhecendo que a própria Casa legislativa já provou essa mesma proposta. Ele também expôs sua preocupação com a falta de conscientização de uma enorme parcela da população que insiste em despejar lixo nas ruas, a despeito da existência do serviço de limpeza urbana.
"A Guarda Municipal precisa dispor de recursos específicos para aquisição e manutenção de viaturas, compra de uniformes e de outros equipamentos que propiciem o bom desempenho da atividade. Considero improrrogável e essencial uma reserva financeira que atenda as demandas da corporação. Até por que ela é o maior patrimônio hoje da nossa cidade. Sem estrutura é muito difícil oferecer um serviço decente", explanou o vereador. "Sobre o lixo na cidade, comparada a gestões anteriores, é nítida a mudança nas ruas: em apenas sete meses do atual governo, a população já percebe a diferença e elogia a limpeza urbana. No entanto, quanto mais se limpa, mas lixo aparece, e com ele vem uma série de doenças que podem sobrecarregar ainda mais o atendimento nos hospitais". Douglas Ruas revelou que já está sendo elaborada uma campanha de conscientização, com material gráfico e vídeo publicitário, que batizamos de 'Limpa São Gonçalo'
Por sua vez, os vereadores Romário Régis (PCdoB) e Jorge Mariola (Podemos) abordaram a área cultural. Enquanto Mariola foi elogioso às iniciativas do governo até o momento, Régis quis saber sobre o modelo de gestão a ser adotado no Teatro Municipal, principalmente no que tange ao aproveitamento e convocação dos artistas gonçalenses na programação daquele local.
"Vamos adotar dois ou três modelos. O teatro vai ser de administração pública, porém o orçamento que temos nos permite fazer uma chamada pública para a terceirização. O poder público não tem interesse nem estrutura para tomar conta. A gente vai trabalhar na questão do edital para que o artista de fora e do próprio município use o teatro, com uma contrapartida para o município", falou o subsecretário.
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