Aula virtual sobre relações internacionais e diversidade
Aula virtual sobre relações internacionais e diversidade Divulgação/ MPE-VR
Por O Dia
Volta Redonda - O Movimento Ética na Política de Volta Redonda (MEP-VR) realizou uma roda de conversa com o tema "A carreira de Diplomata no Brasil e as Relações Internacionais". A sala de aula virtual aconteceu na tarde do último sábado, dia 15.
O evento contou com a mediação do professor Ciro Rodrigues dos Santos, Engenheiro pela UNIFEI, professor de Interpretação no Pré-Vestibular Cidadão (PVC). O palestrante, Igor Goulart Teixeira, diplomata de carreira do Itamaraty, com atuação na área de mineração e energia, graduado em Relações Internacionais (PUC-Rio) fez a apresentação do tema que provocou novos olhares, tanto dos alunos, como dos convidados.
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Entre os debatedores estavam: a ex-estudante do Pré do MEP, acadêmica de Relações Internacionais na UNINTER, Mariana Moura Silva, e o Sociólogo, professor Dr. na UFF e Conselheiro no MEP, Raphael Jonathas Lima.
O professor Ciro, abriu a sala saudando e agradecendo a todos, dando palavra ao Igor.
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“Estejam certos de que será um momento muito importante para nosso aprendizado, saúdo a todos e todas e já passo a palavra ao nosso palestrante Igor Goulart e, na sequência, Mariana e Raphael", orientou o mediador.
O diplomata Igor Goulart Teixeira inicialmente agradeceu e com uma fala muito tranquila, diplomática, contou de sua luta nos estudos para passar no sexto concurso público e ingressar no Itamaraty. Ele destacou a importância do serviço diplomático ao país.
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“Sou natural de Barra Mansa, fato que muito me honra estar falando aqui e diante de um grupo tão plural. Para acessar o Itamaraty, necessariamente não precisa ter cursado Relações Internacionais, pois o direito e outras áreas tornam possíveis o caminho. A carreira de servidor tem várias áreas de atuação dentro e fora do país, técnicas mineração, energia, cultura, ciências, educação... e geográficas, após a formação do profissional no Instituto Rio Branco", explicou.
O diplomata lembrou também que “nas últimas décadas, a carreira de diplomata se diversificou, tornando-se mais representativa no Brasil. Atualmente, o cenário de acesso mudou”, disse.
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A debatedora Mariana Moura Silva falou sobre a necessidade de buscar novos caminhos.
“Agradeço a oportunidade, uma honra estar aqui, a carga cultural oferecida pelo MEP me ajudou muito para fazer novos caminhos. Estou no último período de graduação em RI, inclusive, no meu TCC, estudei o ‘Fronteiras Brasileiras’, por entender a força econômica nas movimentações dos produtos pelas fronteiras.
Bem, para vocês que estão com convicção desta escolha, sugiro buscar seus caminhos, inclusive pensar caminhos para intercâmbios e fazer escutas e debates como esses. Acreditar e seguir", pontuou Mariana na sua apresentação.
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“A escolha da profissão por vocação, embora aos 18, 19 anos, é difícil, porém é muito importante. A escolha determinada de Mariana e do Igor foi importante para ajudá-los a caminhar. Quero chamar a atenção para a referência feita pelo Igor, sobre mudanças de cenário no Itamaraty e pedir que aborde a quantas anda a política de cotas dentro da diplomacia brasileira?", indagou o professor Raphael em suas considerações.
“O Itamaraty, desde 2002, passou a estabelecer uma ação afirmativa sobre diversidade, adotando o sistema de cotas raciais em 2015, em consonância com a lei de cotas", revelou o diplomata na resposta ao conselheiro do MEP.
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Após exposição, várias indagações foram feitas pelos participantes, como a colocação da professora Suzete de Paiva L. Kourliandsky, natural de Volta Redonda, residente na França, cientista social e ligada à Fondation Jean & Jaurès, que pontuou a questão racial no espaço diplomático brasileiro e apresentou um desafio.
“No Brasil, somos 56% de pretos e pardos; já na França, na Escola Diplomática, a maioria é de negros(as). Precisamos ser a metade também na diplomacia Brasileira”. Alertou Suzete, atuante na ONG Francesa.
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O encontro foi marcado pela presença de acadêmicos, lideranças comunitárias, cientistas das áreas política, social, ambiental, jurídica e militar e ainda por alunos e professores do MEP.
“Revigorante momento no MEP”, disse agradecido o ex- aluno do Movimento, Pedro Paulo Vidal.