Rio - Xangô é o orixá dos raios e do trovão. Rei de Oyó, é a divindade da justiça e com o machado, o Oxê, de duas faces, protege seus filhos das injustiças, da impunidade e promove a lei do retorno para quem pratica o mal.
A divindade tem como características a misericórdia, lealdade e o espírito guerreiro. Segundo o praticante da universalidade espiritualista Leonardo Almeida, do Espaço Ilumina, Xangô domina o fogo e pode ser representado por um leão, que simboliza a força ou por uma tartaruga, por conta da sabedoria. “É o orixá da justiça, mas em sua forma cega. Quando você pede algo para ele, é importante saber o que está pedindo, porque a divindade não prioriza lado, e sim o justo.”
Os filhos de Xangô gostam de sucesso e fortuna. Leonardo Almeida explica que são pessoas costumam ter o porte físico forte e podem ter tendência a engordar, porque gostam de fartura, de banquete como um rei. “Os filhos da divindade têm uma coisa de realeza. Com grande senso de justiça, eles intervêm em qualquer situação. Inclusive, muitos têm problemas com a justiça, é como se a divindade acolhesse essas pessoas para endireitar os caminhos e deixar tudo de uma forma melhor.”
De acordo com Leonardo Almeida, o número do orixá é o 12 e o dia da semana é quarta-feira. As cores que o representam são marrom e branco ou vermelho e branco. No sincretismo religioso, é correspondido na Igreja Católica a São João Batista ou a São Jerônimo.
Rituais para Xangô
A comida ofertada para o orixá é o amalá que, de acordo com o também praticante da espiritualidade universalista Rodrigo Almeida, é um prato oferecido em uma gamela. “Deve ser servido 12 pedaços de rabada e 12 quiabos em cima. Esse prato é para quando você quer pedir justiça. Inclusive, as pessoas que comem muito quiabo tem a proteção de Xangô”.