Neymar no treino da Seleção na Granja ComaryLucas Figueiredo/CBF

Fora dos três últimos compromissos nas Eliminatórias, Neymar retorna nesta quinta-feira, quando fará o primeiro jogo pela Seleção em 2022 contra o Chile pelas Eliminatórias, às 20h30 no Maracanã. Em ano de Copa do Mundo, o camisa 10 vive seu pior momento no PSG, com más atuações e muitas críticas da torcida. Mas para Tite, a chave muda na hora de defender o Brasil e por isso segue contando com o seu principal jogador neste ciclo, já pensando em recuperá-lo.
"As realidades do clube são umas e as da seleção são outras. Uma série de atletas passou adversidades em seus clubes, outros vêm com auto estima elevada. Aqui é um marco inicial, quando nos apresentamos é um marco da sequência do nosso trabalho. Nisso estão inseridos todos os atletas. Talvez a expectativa do grande nome, do grande astro, do Neymar fique em evidência. Mas todos têm pressão em seus clubes. Não vamos trazer a dos outros para aquilo que já é uma responsabilidade grande", defendeu o treinador.
Neymar seguirá com a liberdade em campo que vem ganhando no esquema atual da Seleção, ainda mais com a ausência de um atacante mais fixo. "Neymar tem uma estrutura há bastante tempo na seleção brasileira para potencializar a criatividade dele. Cada um trabalha um pouco setorizado para que ele possa ter a criatividade, essa chegada", avaliou Tite, que ainda não sabe se contará com Antony, por questões físicas. Caso o atacante do Ajax não possa começar, Rodrygo será o titular.
Já classificado para a Copa do Mundo, o Brasil joga as duas últimas rodadas das Eliminatórias, contra Chile e Bolívia, como preparação. Mas também pode ser a última chance de atuar no país antes da competição, em novembro. E nada melhor do que retornar ao Maracanã, agora com gramado reformado, no que deve ser o último jogo de Tite no estádio como técnico da Seleção.
"O templo do futebol mundial, eu vejo assim na minha cabeça. Fecho o olho e vejo alguns lugares que fui, são Maracanã e Wembley, não consigo enxergar outro estádio que represente a magnitude do futebol tal qual esses. Eu tenho a felicidade de fazer esse último jogo no Maracanã também. No primeiro, nós vencemos (Peru, na final da Copa América de 2019), no segundo nós perdemos (foi vice para a Argentina em 2021). Quem sabe a gente tenha a competência de sair com a vitória nesse último", completou.