Pentacampeão diz que teria demitido Tite após Copa do Mundo de 2018Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Rio - Pentacampeão pelo Brasil em 2002, Edmílson foi sincero após ser questionado sobre o desempenho da Seleção Brasileira sob o comando de Tite. Em entrevista ao podcast "PodCopa", da ESPN, o ex-jogador admitiu que teria demitido o ex-técnico do Corinthians depois da eliminação na Copa de 2018. Além disso, comentou sobre convocações e avaliou a possível chegada de um treinador estrangeiro.
"Eu acho que deveria ter trocado (o treinador) quando perdeu a Copa do Mundo, em 2018. Deveria ter trocado. Quando começou foi bom. Acho o trabalho do Tite fantástico, não tenho nada contra a pessoa. Na Copa do Mundo foi bem. Mas depois a seleção ficou igual o dia de hoje [da gravação]...frio, cinzento, sem novidade, ficou sem graça. Agora tem os meninos das Olimpíadas e parece que voltou a ter um gosto", afirmou Edmílson ao 'PodCopa'.
"A gente ainda tem uns bons cinco meses para trabalhar, a Copa do Mundo ainda está um pouco distante. Acho que jogadores como o Hulk não deveriam estar fora dos 23 ou 26. Se fala muito do Veiga. É um jogador que eu gosto, deveria ser convocado para ser testado. Tem jogadores que há dois anos não vêm fazendo boas temporadas fora do Brasil. Eu daria uma oportunidade para esses dois jogadores com mais tempo", completou.
Após a Copa do Mundo, no Catar, Tite afirmou que deixará o comando da Seleção Brasileira. Nesse caso, Edmílson deixou claro que é a favor da chegada de um técnico estrangeiro, mas ressaltou a importância de entregar autonomia para o novo treinador.

"Sou partidário de tentar uma experiência (treinador estrangeiro), mas desde que se dê autonomia. Não para fazer mudanças drásticas. Nós temos nossa cultura de futebol. Não adianta trazer um inglês, um espanhol, quem quer que seja, e o cara tente deixar [de lado] a nossa raiz...a criatividade, o improviso, jogadores que driblam. Essa é a nossa história de seleção. Gostaria de ver um treinador estrangeiro na seleção, mas isso não quer dizer que agora só terá estrangeiro lá. É passar um pouco da visão de fora sem mudar nossa essência", concluiu.