Goleiro Bruno foi contratado pela Sociedade Esportiva Búzios e dispensado 48 horas depoisDivulgação/Atlético Carioca
Após grande rejeição, clube rescinde com goleiro Bruno dois dias após contratação
Contratação do goleiro, condenado por assassinato, teve enorme rejeição dos moradores de Búzios
Dois dias após ser anunciado como novo reforço da Sociedade Esportiva Búzios para a disputa da quarta divisão do Campeonato Carioca, o goleiro Bruno Fernandes não é mais atleta da equipe. Devido a enorme rejeição dos moradores da região, o clube decidiu por voltar atrás na decisão e rescindir o contrato do jogador de 37 anos. A informação foi revelada pela "Folha de S. Paulo".
A contratação do goleiro, condenado por assassinado de sua ex-namorada Eliza Samúdio, teve enorme rejeição instântanea e gerou um clima hostil entre os moradores da cidade de Búzios, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Um abaixo-assinado foi organizado por um movimento feminista e entregue à prefeitura para que a contratação fosse cancelada.
Por fim, Renato Mattos, presidente da Sociedade Esportiva Búzios, acabou cedendo às manifestações contrárias a decisão de contratar Bruno e optou pela rescisão contratual do goleiro. Quando questionado na última quarta-feira (5) sobre as críticas pela contratação, Renato havia minimizado a repercussão e ressaltado que também havia quem apoiasse a chegada do veterano.
Este é o quinto clube que contrata Bruno Fernandes desde que ele decidiu retomar sua carreira nos campos. Em 2017, ele assinou com o Boa Esporte e participou de cinco partidas. Em 2019, chegou a assinar com o Poços de Caldas, mas rescindiu 23 dias depois. Em 2020, assinou com o Rio Branco-AC para a disputa do Campeonato Acreano e da Série D. Desde então, teve duas passagens pelo Atlético Carioca para a disputa da quinta divisão do Campeonato Carioca, a última delas sendo em junho deste ano.
Bruno Fernandes foi preso no ano de 2010 ao ser acusado pelo homicídio de sua ex-namorada Eliza Samúdio e acabou condenado a 22 anos de prisão, que acabou sendo reduzida posteriormente para 20 anos e nove meses. Em 2019, no entanto, sua pena foi revertida para o regime semiaberto domiciliar.
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