Luis de la Fuente é o técnico da seleção da EspanhaBen Stansall / AFP
Técnico da Espanha rebate declaração de Vini Jr e afirma que país 'não é racista'
Comentários de brasileiro repercutiram mal entre os espanhóis
Espanha - Luis de la Fuente rebateu as declarações de Vini Jr, que pediu mudança de sede da Copa do Mundo de 2030 caso a Espanha 'não mude' sobre racismo. O treinador da seleção espanhola afirmou que o país "é um exemplo" e que muitos outros deveriam olhar.
''A Espanha não é racista. A Espanha é um exemplo de coexistência, respeito e integração. É um exemplo para o qual muitas pessoas deveriam olhar. Há sempre alguns indesejáveis? Claro... Mas a Espanha não é racista, é um país que muitos outros países deveriam olhar. A Espanha sediar a Copa do Mundo com Marrocos e Portugal será algo único'', garantiu de la Fuente.
Outro que se posicionou contra o que foi dito pelo camisa 7 do Real Madrid e do Brasil foi Carvajal. O lateral-esquerdo é companheiro de Vini Jr no clube espanhol.
''Diria apenas que nós, companheiros de equipe (de Vini Jr), os jogadores, o técnico, somos contra qualquer incidente racista nos estádios. Eu sei o que Vini sofre. A La Liga (que organiza o Campeonato Espanhol) tem protocolos para que as pessoas que vão aos estádios para insultar as pessoas pela cor da sua pele não possam participar de eventos esportivos. Mas, além desse pequeno grupo de pessoas, não acho que a Espanha não mereça sediar o Mundial'', disse Carvajal.
''A Espanha tem uma diversidade cultural enorme, há muitas culturas vivendo em nosso país, para mim, desde pequeno, convivi com muitas nacionalidades diferentes no meu bairro em Leganés. A Espanha não é um país racista'', completou.
A fala do brasileiro também repercutiu no prefeito de Madri, que apontou uma generalização na afirmação feita pelo jogador. No entanto, Vini havia deixado claro que seus comentários eram direcionados a uma minoria de torcedores.
Nos últimos meses, ele vem sendo alvo de injúrias raciais nos estádios da Espanha. O caso mais notório foi contra o Valencia, pelo Campeonato Espanhol, onde os responsáveis foram condenados a oito meses de prisão.
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