Caso será investigado pela 39ªDP (Pavuna)Sandro Vox / Agência O Dia
O Complexo do Chapadão tem vivido dias de tensão com os confrontos entre a Polícia Militar e o tráfico de drogas. No último dia 12, uma troca de tiros terminou com dois mortos. Durante o tiroteio, uma moradora, que segundo testemunhas estava em uma padaria, foi atingida por um disparo e morreu antes de chegar a unidade de saúde. Familiares de Priscila Carmo afirmaram ao DIA que no local não havia bandidos e nem outras pessoas além da vítima. "Foi um simples policial que apareceu e deu um tiro nas costas da minha sobrinha. Matou uma mãe de família, trabalhadora”, relatou uma tia da vítima.
Os parentes da vítima participaram de um encontro com a Defensoria Pública e membros da comissão dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na última semana. Na reunião, ficou decidido que a comissão da OAB vai auxiliar as famílias na delegacia com acompanhamento jurídico nos depoimentos.
A Defensoria vai atuar no processo de responsabilização para os agentes de segurança e indenização para a família e a Comissão de Direitos Humanos da Alerj vai acompanhar com atendimento psicossocial. Na quinta-feira (19), moradores da comunidade realizaram um ato para pedir a paz na região. A ação também promoveu uma roda de conversa, em que vítimas da violência e parentes relataram os momentos de terror e dor que viveram por conta da realidade na favela.
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