Rio - O Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública do Ministério Público do estado (Gaesp/MPRJ) instaurou um procedimento para investigar a conduta dos policiais militares do 16º BPM (Olaria) durante uma operação, na última terça-feira, na Cidade Alta, na Zona Norte do Rio.
Na ocasião, 45 traficantes foram presos e 32 fuzis apreendidos. Os moradores viveram momentos de terror por causa dos intensos confrontos e dos ônibus incendiados em vias próximas à comunidade, como na Avenida Brasil.
De acordo com o Gaesp, a medida tem por base notícias sobre a transferência de nove sargentos do batalhão e um áudio, divulgado nesta segunda-feira pelo DIA?, informando que um grupo de policiais teria recebido R$ 1 milhão para transportar traficantes de volta à comunidade, dentro do “caveirão”.
Na gravação, um homem orienta PMs a chegarem na Cidade Alta, já que faz referências a alguns lugares da favela e de Cordovil, como a Escola Municipal Ministro Lafayette de Andrada. Apesar de chamarem uma pessoa de Félix, não é possível identificar de quem são as vozes.
Os integrantes do Gaesp, promotores de Justiça Alexandre Themístocles e Eduardo Campos, solicitaram que o comandante do 16º BPM preste esclarecimentos, além de requisitarem as fichas disciplinares dos militares transferidos do batalhão. O Ministério Público também pediu um relatório minucioso do emprego de viaturas blindadas da PMERJ em operações policiais na Cidade Alta, no período de 01 a 05 de maio de 2017, e indicando os integrantes das guarnições.
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PM também investiga se policiais deram carona a traficante
A Corregedoria Interna da Polícia Militar instaurou um procedimento para investigar se policiais deram carona a traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP) em um caveirão, na Cidade Alta, em Cordovil, Zona Norte do Rio. O caso, que teria ocorrido durante um confronto entre a facção criminosa e o Comando Vermelho na última terça-feira, tem circulado em um áudio nas redes sociais.
Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança informou que ao tomar conhecimento do áudio, o secretário Roberto Sá determinou ao comandante-geral da Polícia Militar, coronel Wolney Dias, que a Corregedoria da PMERJ instaure um procedimento investigatório.