Zélia espera que encontrem Carla, que ontem completou 31 anos - Marcio Mercante / Agência O Dia
Zélia espera que encontrem Carla, que ontem completou 31 anosMarcio Mercante / Agência O Dia
Por Maria Luisa de Melo

Rio - Parentes se revezam, desde a manhã de ontem, nas buscas por uma família inteira, que dormia no momento do desabamento de dois prédios na Favela da Muzema, no Itanhangá, Zona Oeste da cidade. A mãe da família, Carla Baptista, completaria 31 anos neste sábado. O Corpo de Bombeiros procura 17 desaparecidos no segundo dia consecutivo de buscas.

O marido de Carla, Jeferson Trajano, de 28 anos, e os filhos deles, Arthur, de 4 anos, e Enzo, de 6 anos, também estão desaparecidos. "A nossa fé é inabalável. Tenho certeza de que hoje ainda vamos encontrar a Carla com vida e ela vai comemorar o seu segundo nascimento. Ela estava muito feliz de ter saído do aluguel", contou, Zélia Carlos, tia da desaparecida.

Prima de Jeferson, a operadora de caixa Juliana Ferreira, de 24 anos, reclama da falta de informações. "Estávamos acompanhando toda ação dos bombeiros a apenas 20 metros de distância. Mas os bombeiros nos afastaram. Precisamos de notícias. Desde ontem, nenhuma atualização", chora. Ela foi uma das familiares retiradas do local das buscas porque, segundo o Corpo de Bombeiros, era preciso manter uma área isolada para não interferir nas buscas dos cães farejadores.

O estoquista Arthur Martins Souza Vicente, de 35 anos, aguarda informações de sua irmã, Priscila Souza, e seu sobrinho, Artur, desaparecidos desde o desabamento. Eles moravam na Rocinha e estavam há 5 meses no prédio da Muzema. "Eu ligo pro celular da minha irmã, mas só dá desligado. Minha irmã morava aqui há cinco meses. Minha sobrinha tem só 6 anos", diz.

Familiares dos desaparecidos Priscila Souza e Artur buscam por informações - Marcio Mercante / Agência O Dia
 

 

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