Flordelis e o pastor Anderson do Carmo - Arquivo Pessoal
Flordelis e o pastor Anderson do CarmoArquivo Pessoal
Por O Dia
Rio - Uma das filhas da deputada federal Flordelis, Marzy Teixeira fez buscas na internet que a levassem a encontrar uma pessoa para realizar o crime de matar o pastor Anderson do Carmo, de 42 anos. Nesta segunda-feira, Flordelis foi indiciada por ser a mandante do assassinato do próprio marido,  Anderson do Carmo, em junho do ano passado.

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Coletiva do caso Flordelis. Na foto, Allan Duarte (Delegado Titular da DH Niteroi) Cléber Mendes
Antonio Ricardo, chefe das Delegacias de Homicídios (DHs) Cléber Mendes
Coletiva do caso Flordelis. Na foto, Allan Duarte(Delegado Titular da DH Niteroi) Cléber Mendes / Agência O Dia
Coletiva do caso Flordelis. Na foto, Antonio Ricardo(chefe das DHs) e Allan Duarte (Delegado Titular da DH Niteroi) Cléber Mendes / Agência O DIA
Flordelis e o pastor Anderson do Carmo Arquivo Pessoal
Flordelis foi eleita deputada federal em 2018 Divulgação / Câmara dos Deputados
Rio de Janeiro - RJ - 17/12/2019 - Policia - Depoimento dos filhos de Flordelis na DHNSG, em Niteroi, Regiao Metropolitana do Rio - Foto Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Flordelis. Reprodução do Facebook Reprodução do Facebook
Pastor Anderson e Flordelis Reprodução
Anderson com Flordelis: pastor foi morto em 16 de junho de 2019 Arquivo Pessoal
Relato de uma testemunha aponta que Lucas, filho de Flordelis, deixou uma outra arma na casa dez minutos antes do crime Divulgação
A deputada sempre se disse inocente Luciano Belford / Agência O Dia
Segundo a polícia, os depoimentos oficiais da deputada Flordelis sobre o crime são contraditórios Luciano Belford
Seis familiares da deputada foram presos, Marzy foi uma delas, e 14 mandados de busca e apreensão sobre a morte do líder religioso foram cumpridos na casa da parlamentar, em Niterói, e em outros endereços ligados à ela, em São Gonçalo, na capital, e até mesmo Brasília.
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De acordo com informações do portal G1, policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) apontaram que Marzy realizou pesquisas no Google de termos que a fizesse encontrar alguém para executar o serviço:

- "Assassino onde achar"
- "Alguém da barra pesada"
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- "Barra pesada online"
Ainda segundo as investigações, Marzy também procurou por venenos. 
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- "Veneno para matar pessoa que seja letal e fácil de comprar"
- "Cianeto de cobre"
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Marzy, em depoimento, confessou que procurou Lucas César dos Santos, filho adotivo do casal e preso, para contratá-lo para assassinar o padrasto. 
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Flordelis não pode ser presa pela Polícia Civil por imunidade parlamentar. Uma cópia do inquérito da DHNSGI será encaminhado para a Câmara dos Deputados. O procedimento poderá levar ao afastamento da parlamentar para que ela possa ser presa.
A polícia apontou que Flordelis planejou toda a execução do marido. Antes mesmo de Flávio dos Santos Rodrigues, um dos filhos biológicos da evangélica, atirar contra o líder religioso, ela chegou a procurar um pistoleiro para praticar o crime.
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"Não nos restam dúvidas de que ela foi a cabeça desse crime. Ela chegou a contratar pistoleiro em outras ocasiões, mas o crime não foi executado. Por fim, a família conseguiu convencer o Flávio", revelou o delegado Allan Duarte, titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI), responsável pelo caso.
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As investigações apontaram que a ideia de matar o pastor Anderson surgiu em 2018, antes de Flordelis ser eleita deputada federal. De lá pra cá, a família tentou envenená-lo diversas vezes.
"Identificamos que não se tratava de uma família normal. Concluímos que se tratava de uma quadrilha criminosa que tinha um único objetivo: eliminar o pastor Anderson do Carmo. O objetivo da deputada era chegar à Câmara e logo depois descartar o marido como um objeto qualquer", destacou o delegado.
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Crime
O pastor Anderson do Carmo morreu na madrugada do dia 16 de junho do ano passado, quando havia acabado de chegar com a esposa, em Pendotiba. Ele foi alvo de vários tiros, na garagem da residência. O laudo da necrópsia apontou que o corpo do líder religioso tinha 30 perfurações de bala.
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Na ocasião, Flordelis afirmou que o marido tinha sido morto durante um assalto. Ela disse que os dois estavam sendo seguidos por suspeitos em uma moto quando voltavam para casa.
Dois filhos do casal, Flávio dos Santos Rodrigues, 38, filho biológico da deputada, e Lucas Cézar dos Santos de Souza, 18, adotado por ambos, vão ser julgados como executores do crime. Eles estão presos desde a época do assassinato.
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"Flordelis é responsabilizada por arquitetar o homicídio, arregimentar e convencer o executor direto e demais acusados a participarem do crime sob a simulação de ter ocorrido um latrocínio. A deputada também financiou a compra da arma e avisou da chegada da vítima no local em que foi executada, segundo a denúncia", afirma o MPRJ.