João Maurício Correia Passos momentos antes do acidente - Reprodução
João Maurício Correia Passos momentos antes do acidenteReprodução
Por O Dia
Rio - A Polícia Civil indiciou o capitão do Corpo dos Bombeiros João Maurício Correia Passos, que atropelou e matou um ciclista, nesta segunda-feira, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, por homicídio doloso, fuga do local do acidente e embriaguez ao volante. João Mauricio foi preso em flagrante saindo da casa de um amigo no mesmo bairro do acidente. 
O atropelamento aconteceu na manhã desta segunda-feira (11), na orla do Recreio. Cláudio Leite da Silva, 57 anos, costumava pedalar diariamente e participava de competições de ciclismo. O acidente aconteceu no mesmo local onde um casal de professores foi atropelado e morto pelo jogador de futebol Marcinho.
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Testemunhas relataram que João Maurício fugiu sem prestar socorro, mas acabou batendo o veículo um pouco mais à frente e fugiu a pé do local, abandonando o carro. 
As testemunhas também disseram que ele apresentava sinais de embriaguez. Dentro do carro com placa de Barra Mansa, no Sul Fluminense, havia uma bíblia e uma garrafa de whisky. 
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Cláudio será sepultado no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, às 13h45 desta terça-feira.
Vídeo mostra bombeiro bebendo em posto de gasolina
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O delegado da 42ª DP (Recreio), Alan Luxardo, que investiga o caso do ciclista Cláudio Leite da Silva, de 57 anos, morto atropelado pelo capitão do Corpo de Bombeiros João Maurício Correia Passos, de 36, afirmou ao DIA, depois de ver um vídeo de câmeras de segurança de um posto em que o militar esteve antes do acidente, que o criminoso estava "visivelmente alterado".

"Pelas imagens, a gente pode afirmar que ele estava totalmente fora de si. Não tinha condição alguma de dirigir qualquer veículo ou sequer andar. Com base nisso, eu o coloquei como homicídio doloso (quando há intenção de matar), junto com a fuga do local do acidente e a embriaguez ao volante", disse o delegado.
No vídeo, é possível ver João Maurício sem camisa segurando duas garrafas: uma de vodka e outra de uísque, além de um copo. Nas imagens, o capitão do Corpo de Bombeiros aparece cambaleando ouvindo Racionais MCs.

Luxardo contou ainda que o exame de alcoolemia de João deu negativo. "Como passaram horas do atropelamento, o exame de urina não detectou o álcool. Nós não podemos obrigar ele a fazer o exame de sangue, mas as imagens do posto já são suficientes [para incriminá-lo]".
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Mulher do oficial afirma sofrer agressões
A mulher do capitão disse, em depoimento à polícia no dia 5 de janeiro deste ano, que o motivo dela ter ficado paraplégica foi porque ela e o marido sofreram um acidente de carro após João dirigir embriagado. A informação foi divulgada pela Globonews, e confirmada ao DIA pelo delegado Luxardo.
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A companheira de João, que não teve o nome divulgado, relatou ainda que está casada com o marido há 14 anos, têm dois filhos e sofre agressões constantemente. Ainda segundo a mulher, o agressor já falou para era que ela precisava morrer, além de dizer que iria procurar "uma mulher de verdade", pois a esposa não servia para nada, já que "estava em uma cadeira de rodas".
Nesta tarde, o delegado que investiga o caso afirmou que João Maurício havia passagens pelo polícia por lesão corporal e ameaça na forma da Lei Maria da Penha contra a vítima.