Secretário Municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, vacina idosa na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca
Secretário Municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, vacina idosa na Cidade das Artes, na Barra da TijucaEstefan Radovicz
Por Yuri Eiras
Rio - O leque de pessoas vacinadas no Rio vai aumentar em abril. Além dos idosos que seguem em imunização - hoje os que têm 69 anos recebem a primeira dose -, o governo do estado anunciou, na terça-feira, um calendário para agentes de segurança. A Prefeitura do Rio também vacinará profissionais de saúde e professores e, com isso, a capital planeja chegar a um milhão de pessoas vacinadas até o fim do mês.

Mas, para o plano ser concretizado, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio depende da chegada de novas remessas da Coronavac e da Oxford/AstraZeneca, esta já com produção da Fiocruz, que deve entregar 20 milhões de doses para o governo federal. A expectativa é que a distribuição de vacinas acelere esse mês. 
Cidade das Artes é inaugurada como ponto de vacinação na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio - Estefan Radovicz/ Agência O DIA
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"Claro que a gente depende do aporte de doses. A gente espera compatibilizar nosso calendário com os governos federal e estadual para que a gente possa fazer esse planejamento de maneira organizada e não falte vacina para ninguém", comentou o secretário Daniel Soranz. "A gente fica geralmente com 4.4% (das remessas entregues pelo governo). Se isso se confirmar, a gente consegue vacinar todas as pessoas com mais de 50 anos, comorbidades e professores".

Soranz deve se reunir nos próximos dias com outros secretários municipais e com o governo do estado para ajustar o calendário único. O governador em exercício, Cláudio Castro, anunciou na terça-feira o calendário unificado entre os municípios, mas avisou que ele não precisa ser obrigatoriamente seguido pelos prefeitos. Apesar de o governo do estado não ter incluído pessoas com comorbidades no cronograma, a Prefeitura do Rio quer vaciná-las quando possível.

"Comorbidade é essencial, tem que ser prioridade. Mas dá pra compatibilizar com professores, forças de segurança, para que a gente possa vacinar as pessoas o mais rápido possível", disse Soranz.