Flordelis durante audiência em NiteróiEstefan Radovicz / Agência O Dia

Por O Dia
Rio - Os advogados de defesa da deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD) protocolaram, na última sexta-feira (25), um pedido de afastamento da juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, do processo que julga o envolvimento da parlamentar na morte do marido, o pastor Anderson do Carmo. Ela é ré e, segundo a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio, apontada como mandante do crime. Assim como os outros presos, a líder religiosa vai a júri popular. 
A defesa que anular todo o processo que percorreu sob os cuidados da juíza Nearis. Eles alegam que a magistrada não teve imparcialidade e prejudicou o direito de defesa da ré. 
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"Não houve imparcialidade. Isso foi demonstrado nos vídeos das audiências. Sem sombra de dúvidas ela agiu de forma parcial. A Juíza assumiu uma posição de acusadora no lugar do Ministério Público. Ela assumiu uma postura que não é de imparcialidade", explica o advogado Rodrigo Faucz, que faz parte da nova comissão de defesa da deputada. 
O pedido será avaliado pela própria juíza. Caso entenda que não é suspeita, a magistrada encaminha o pedido ao Tribunal de Justiça, que julgará a solicitação.
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"Ela não pode continuar no processo. Todos os atos decisórios e instrutórios precisarão ser refeitos", explica o advogado. 
Os advogados da deputada também estão recorrendo da decisão que leva Flordelis à júri popular. 
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Ao todo, 11 pessoas respondem pelo processo que julga a morte do líder religioso. Além da deputados e seus filhos, a polícia e o Ministério Público indiciaram um ex-policial militar que estava preso por envolvimento com a milícia e a mulher dele. O casal é acusado de ajudar na confecção de uma carta em que Lucas, filho adotivo da deputada, confessava o crime e acusava um irmão de ser o mandante.