Família da jovem Kathlen Romeo chega para ser ouvida na DH Capital, na Barra da Tijuca. Na foto, a avó, Sayonara FátimaEstefan Radovicz / Agência O Dia
Ministério Público ouve familiares de Kathlen Romeu, jovem grávida morta no Complexo do Lins
Kathlen Romeu foi baleada, no último dia 8, quando visitava familiares na comunidade da Zona Norte do Rio. A avó estava com a jovem no momento que ela foi atingida
Rio - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) ouve, nesta terça-feira, a versão dos familiares de Kathlen Romeu, 24 anos, jovem grávida de quatro meses morta no dia 8 de junho, em uma ação da Polícia Militar no Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio. Os depoimentos fazem parte do Procedimento Investigatório Criminal (PIC) instaurado pela Promotoria de Justiça junto à Auditoria Militar. A avó de Kathlen, Sayonara de Fátima Queiróz de Oliveira, também será ouvida às 13h na Auditoria Militar. Ela estava com a jovem no momento do tiroteio, e afirmou que implorou por socorro à uma equipe da PM que estava atirando na região.
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A designer de interiores estava na comunidade para visitar parentes na comunidade e foi atingida durante um confronto entre a Polícia Militar e traficantes. A jovem chegou a ser socorrida, mas, segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS), não resistiu aos ferimentos, logo após chegar ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, também na Zona Norte.
O porta-voz da Polícia Militar, major Ivan Blaz, disse na ocasião que policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Lins foram atacados por traficantes. Segundo o porta-voz, os PMs foram os primeiros a chegar no local em que Kathlen estava. De acordo com ele, os militares disseram que não foram os responsáveis pelos disparos que mataram a jovem.
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No último dia 11, a corporação informou que os 12 agentes envolvidos na operação no Complexo do Lins foram afastados das ruas. Cinco deles prestaram depoimentos duas vezes.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DH) informou que fará uma reprodução simulada da morte de Kathlen. O objetivo da ação é descobrir a origem dos tiros que atingiram a jovem, e se havia confronto com traficantes no local, como afirmaram os policiais em depoimentos. O trabalho poderá confirmar ou descartar as versões apresentadas sobre o caso.
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