Planos de retomada à 'vida normal' no Rio podem ser adiados após aumento de casos de Covid-19
Para Secretaria Municipal de Saúde, presença da variante Delta e inverno mais rigoroso em julho influenciaram no aumento de casos nas últimas semanas. Nesta sexta-feira (6), Riotur divulgou planejamento para Réveillon com 13 palcos pela cidade
Coletiva do prefeito Eduardo Paes no Centro de Operação da Prefeitura do Rio nesta sexta-feira - Marcos Porto/Agencia O Dia
Coletiva do prefeito Eduardo Paes no Centro de Operação da Prefeitura do Rio nesta sexta-feiraMarcos Porto/Agencia O Dia
Os primeiros registros da Delta no município foram divulgados no dia 16 de julho. Três semanas depois, já são 67 casos confirmados, e muitos outros materiais genéticos estão em processo de confirmação nos laboratórios. Nas últimas quatro semanas, o número de síndrome gripal, que apresentavam estabilidade, voltaram a subir. "A gente já esperava porque o inverno é um período de gripe, e a variante Delta está influenciando", comentou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
Casos graves e óbitos, no entanto, seguem em queda, e 99% dos registros de Delta evoluíram para a cura. Estudos apontam que a cepa, apesar de mais transmissível, não é tão letal. A capital fluminense só registrou um óbito: uma idosa de 87 anos que não havia tomado a vacina.
"Se parece que eu quis dizer isso quando anunciei o calendário de planejamento, não era essa minha intenção. Depende do cenário epidemiológico, e este não está o mesmo do que estava há dez dias atrás. Ele piorou. Temos mais casos do que tínhamos. Eu me equivoquei na maneira que me comuniquei. Passei uma impressão de que estava tudo bem, mas não está. Temos um plano de reabertura, mas se o cenário epidemiológico piorar, acabou plano de reabertura. Vamos pensar em em outras coisas para evitar o espalhamento da doença", afirmou o prefeito.
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A Secretaria Municipal de Saúde, por conta da presença da Delta, decidiu colocar todos bairros em 'risco alto' para a transmissão da Covid-19. A mudança não tem efeitos práticos, mas serve como alerta de que, apesar dos planos de 'vida normal', a pandemia ainda age com rapidez na cidade.
Prefeitura lança edital para Réveillon e estima festa em Copacabana com 2 milhões de pessoas
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A cidade do Rio terá um Réveillon muito parecido com as clássicas viradas de ano que encantavam moradores e turistas antes da pandemia. Mas para isso acontecer, é preciso que a transmissão da Covid-19 siga sob controle e a vacinação avance. A Riotur publicou, nesta sexta-feira (6), um caderno de encargos e propostas para empresas interessadas na promoção da festa, que não aconteceu na virada de 2020 para 2021 por conta da pandemia. No Diário Oficial do município, a prefeitura alerta que festa "depende de cenário da Covid-19 na capital".
No caderno de encargos, a prefeitura estima a presença de 2 milhões de pessoas em Copacabana, entre cariocas e turistas. A ideia é ter queima de fogos, iluminação, cenografia e shows ao vivo em três palcos, um principal e outros dois alternativos, todos instalados na faixa entre o Leme e o Posto 6. No palco principal, a empresa deverá, obrigatoriamente, contratar o show de uma atração de renome internacional.
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Para os outros diversos palcos espalhados pela cidade, a expectativa a prefeitura é receber 1 milhão de pessoas. Serão dez palcos, ao todo:
Praia do Flamengo, no Flamengo (altura da rua Dois de Dezembro) Parque Madureira, no Parque de Madureira IAPI da Penha, na Penha Praia da Bica, na Ilha do Governador Praia da Capela, em Pedra de Guaratiba Praia de Sepetiba, em Sepetiba Praia da Moreninha, em Paquetá Piscinão de Ramos, em Ramos Boulevard Olímpico, na Gamboa Praça Guilherme de Silveira, em Bangu
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