Vacinação de Jovens de 26 anos no Rio, Centro Municipal de Saude Manoel Jose Ferreira no Catete nesta segunda (09).Marcos Porto/Agencia O Dia

Rio - O prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou que o Comitê Científico é a "voz de comando" do município em relação ao plano de reabertura das atividades presenciais na cidade. Em reunião na segunda-feira (9), o grupo de especialistas orientou uma retomada mais branda daquela anunciada pela prefeitura há duas semanas. O Comitê vê com preocupação o aumento no número de casos de Covid-19 na capital, consequência da circulação da variante Delta. O município pode voltar atrás nos próximos dias. 
Em relação ao plano de reabertura programado pela prefeitura em três etapas - 2 de setembro, 17 de outubro e 15 de novembro -, o Comitê recomendou flexibilizações baseadas na porcentagem da população vacinada, e não em datas. Na primeira etapa a prefeitura pretendia liberar eventos em ambientes abertos; o Comitê recomenda eventos de até 500 pessoas. A segunda etapa, quando o município prevê 100% de público vacinado em boates, danceterias e casas de show, o Comitê orienta uma capacidade mais conservadora, de 50% do público.
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O prefeito comentou as recomendações do Comitê. "E no final são eles a voz de comando aqui na prefeitura do Rio. Vamos observando o cenário epidemiológico e o ritmo da vacinação e fazendo os ajustes necessários", escreveu Paes no Twitter.
Nesta terça-feira (10), a cidade do Rio vacina pessoas de 25 anos.
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Comitê critica Ministério da Saúde por atraso de doses; vacina pode ser suspensa novamente
Na ata da reunião, publicada no Diário Oficial do município desta terça-feira (10), o Comitê elogiou os esforços da Secretaria Municipal de Saúde na logística da distribuição de doses, mas afirmou ver "com enorme preocupação o atraso de envio de vacinas pelo MS comprometendo a imunização da população". No último sábado (7), a vacinação começou duas horas mais tarde, às 10h, para dar tempo de municiar todos os postos de saúde.
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O Comitê orientou que o Ministério da Saúde "reveja seu processo de logística entre o recebimento e a distribuição de vacinas registrando como inaceitável qualquer possibilidade de envio de vacinas que não seja por via aérea. Ainda, que o envio terrestre pelo MS seja utilizado somente diante da impossibilidade de uso de malha aérea civil e militar". O período entre o recebimento e a distribuição "não pode exceder 24 horas".
O município do Rio está em seu último dia de capacidade de manter os estoques de vacina para continuar oferecendo a primeira dose da campanha contra a covid-19. A falta de imunizantes acontece em função da demora do Ministério da Saúde em enviar novas remessas e ainda não há uma confirmação oficial para a entrega do próximo lote. De acordo com o secretário municipal da Saúde, Daniel Soranz, há uma previsão de chegada até o final do dia.

“Está todo mundo na expectativa do Ministério da Saúde enviar as doses. Ele já tem 11,9 milhões de doses recebidas em seu estoque e a gente está esperando o envio para hoje. É muito importante que a pasta acelere a distribuição para que a gente não precise interromper o calendário no Rio de Janeiro”, afirmou Soranz durante entrevista ao programa Bom Dia Rio, da TV Globo.