Geral - Vacinaçao contra Covid-19 - Prefeitura do Rio inicia vacinaçao de adolescentes com deficiencia a partir dos 12 anos. Na foto, Denise Aragao, 48 anos, relaçoes publicas e o filho, Joao Pedro Aragao, 17 anos, na Cidade das Artes, na Barra, zona oeste do Rio.Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Prefeitura espera nova remessa de vacinas nesta terça para retomar imunização de adolescentes
Comitê científico também debate redução no intervalo entre doses da Pfizer
Rio - A Prefeitura do Rio aguarda a chegada de uma nova remessa de vacinas do Ministério da Saúde, nesta terça-feira, para retomar o calendário de imunização de adolescentes com 17 anos na capital. O público estava previsto para ser vacinado nesta segunda mas, por falta de doses, o calendário foi modificado. Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, caso as vacinas cheguem nesta terça, o calendário deve ser retomado na quarta.
O secretário de Saúde, Daniel Soranz, detalhou que além de debater a dose de reforço para os idosos, nesta segunda, o Comitê Científico do município também irá discutir o encurtamento da aplicação da segunda dose da Pfizer. Segundo ele, a adoção desta medida depende diretamente da chegada dos imunizantes despachados pelo governo federal.
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O Ministério da Saúde informou ao DIA que uma nova remessa será enviada para o estado do Rio nos próximos dias, mas não especificou a quantidade nem quais imunizantes farão parte da remessa.
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Nesta segunda-feira, o município do Rio vacina adolescentes com deficiência a partir de 12 anos. "A nossa expectativa é vacinar em torno de 30 mil adolescentes com deficiência e esperamos a remessa de novas doses da Pfizer previstas para serem entregues nesta terça-feira, para começar a vacinar o grupo de 17 anos que estava previsto para hoje", detalhou. As vacinas aplicadas hoje são da remessa que chegou ao estado do Rio no último sábado.
O secretário disse que o município tem solicitado ao governo federal o envio de doses correspondentes ao percentual da população da cidade do Rio para que seja possível aplicar a terceira dose de reforço nos idosos e reduzir o intervalo da vacina da Pfizer. "É muito importante que, para tomar qualquer decisão de um encurtamento de segunda dose, tenhamos a vacina disponível para isso. Inicialmente, a discussão é reduzir o intervalo da Pfizer de doze para oito semanas a partir do mês de setembro", explicou.
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Soranz também disse que, diante do término do contrato entre o Instituto Butantã e o Ministério da Saúde, é possível que a Prefeitura do Rio tenha de se envolver nas negociações para a compra das vacinas. Segundo ele, a discussão sobre este assunto deve ser iniciada nas próximas duas semanas.
"A maior expectativa é que o Ministério da Saúde faça a compra de aportes necessários para que os municípios não precisem negociar diretamente. Agora, obviamente, se o Ministério não realizar a compra no momento oportuno e a gente sentir qualquer tipo de dificuldade nesse processo, o município do Rio de Janeiro vai ser obrigado a negociar diretamente", explicou o secretário.
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A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estima que ao menos 100 mil pessoas ainda não retornaram para tomar a segunda dose da vacina. Além disso, a prefeitura também contabilizou que 283 idosos que foram internados no último mês não tinham tomado nenhuma das doses da vacina. A partir do mês de setembro a pasta dará início a uma campanha para captar os faltosos. Nesta segunda, há repescagem para pessoas com 25 anos ou mais que ainda não tomaram a primeira dose, além de gestantes, lactantes e puérperas.
No posto de vacinação da Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, a adolescente de 16 anos, com Síndrome de Down, Ivy Faria, filha do ex-jogador Romário, compareceu junto com a mãe, Isabella Bitencourt para ser imunizada. A mãe da jovem conta que o momento era de grande emoção e os últimos meses foram de muita ansiedade.
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"É de extrema importância, no momento que nós vivemos, passar por esse dia pra gente poder ficar mais tranquilo, viver mais em paz. Estou muito feliz, muito satisfeita que esse dia finalmente chegou. Estava um pouco ansiosa, a Ivy também, mas graças a Deus, agora estamos imunizadas", disse Isabella.
Já a funcionária de relações públicas Denise Aragão, de 48 anos levou o filho com autismo, João Pedro Aragão, de 17 anos, para ser vacinado e disse que o alívio é imenso diante do perigo que o vírus oferece ao grupo mais vulnerável.
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"Todos nós (da família) acordamos com muita ansiedade, eu estou extremamente emocionada. Conversei com ele que também estava esperando muito. Ele ficou em uma quarentena muito rígida esse tempo todo. Essa noite eu quase não dormi ansiosa porque vacina salva vidas. Vacina é esperança!", disse emocionada a mãe do rapaz.
Na contramão do alívio em ser imunizada, a adolescente Julia de Oliveira, de 18 anos não conseguiu ser imunizada. O dia de vacinação para a faixa etária da jovem era na sexta-feira (20) e ao chegar na Cidade das Artes nesta segunda junto com a mãe, Bianca Oliveira, a frustração tomou conta ao serem avisadas que a repescagem só incluía o público geral de 25 anos para cima.
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A gente vem na expectativa de vacinar adolescente, a gente deixa de fazer um monte de coisa para vir aqui no horário e infelizmente não tem a vacina. Teremos que vir aqui outro dia que, na verdade, a gente nem sabe quando", disse a mãe da jovem.
Julia precisou lidar com decepção após a expectativa frustrada de ser imunizada. "Fico triste estava esperando por tanto tempo e ai chego aqui e não tem a vacina", disse a jovem.
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Carnaval
A RioTur divulgou um caderno de encargos para convocar parceiros interessados na realização do carnaval de rua 2022. De acordo com o planejamento da prefeitura serão 40 dias de festa entre 27 de janeiro e 6 de março com 500 desfiles de blocos oficiais. Questionado sobre a proposta de um evento tão grande, Soranz respondeu que é preciso planejar o futuro da cidade.
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"É muito importante que a gente comece a planejar o nosso futuro. A gente acredita na vacina, ela de fato é eficaz [...] Agora, o momento atual é de se proteger, utilizar máscara, evitar aglomeração, evitar qualquer tipo de exposição desnecessária, mas o planejamento para o futuro é saudável, dá esperança e permite que as pessoas possam sonhar novamente com um momento melhor", disse o secretário de Saúde municipal.
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