Rio - Nos últimos cinco anos, 103 crianças e bebês foram baleados no Grande Rio, sendo que 30 não sobreviveram. Só em 2021, nove crianças foram atingidas por tiros, que matou três delas. Esses dados foram mapeados em uma pesquisa do Instituto Fogo Cruzado, que ainda descobriu que 62% delas foram atingidas em favelas.
"Muito se fala em proteção das crianças, mas muito pouco se faz. Os dados mostram que elas estão sendo feridas, mortas, que têm problemas psicológicos, mas pouco ou nada é feito por aqueles que têm o dever constitucional de garantir um crescimento saudável e com direitos garantidos para estes pequenos cidadãos", cobrou a diretora do Instituto Fogo Cruzado, Cecília Olliveira.
Em comparação com o mesmo período de 2020 e de 2019, o número é 55% menor. "Uma criança é muito. Para quem perdeu uma criança, ela é tudo. E esse tudo, não tem volta", pontuou Cecília. Das nove crianças atingidas este ano, duas foram baleadas durante ações e operações policiais, duas em tentativas de homicídio, mais duas em ataques a civis.